Os dirigentes da União Europeia fecharam um acordo de 7,4 mil milhões de euros com o Egito para ajudar a impulsionar a economia do país, numa tentativa de trazer estabilidade à região “conturbada” e evitar outra crise migratória na Europa. A parceria estratégica tem a duração de três anos e envolve 5 mil milhões de euros em empréstimos em condições favoráveis para apoiar a economia egípcia. Nos apoios incluem-se 200 milhões de euros em subvenções para a gestão da migração.

Seis dirigentes europeus deslocaram-se ao Cairo no domingo, após um “trabalho diplomático intenso e eficaz” entre a UE e o Egito nos últimos meses, afirmou a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, citada pelo The Guardian. A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que chefiou a delegação, afirmou que o acordo sublinhava a “localização estratégica” do Egito numa “vizinhança muito conturbada” e o “papel vital” que desempenhava na “estabilidade da região”.

“A presença de seis líderes europeus hoje mostra como valorizamos profundamente a nossa relação. Partilhamos os nossos interesses estratégicos na estabilidade e na prosperidade”, disse Von der Leyen. Acrescentando que com a “localização estratégica numa vizinhança muito conturbada, a importância das relações só irá aumentar com o tempo.”

O acordo de três anos faz parte da última tentativa do bloco para impedir que os refugiados atravessem o Mediterrâneo e reúne maior consenso do que o acordo de 150 milhões de euros do ano passado com a Tunísia, com os mesmo objetivos. A decisão surge poucos dias depois de deputados do Parlamento Europeu terem acusado Bruxelas de “financiar ditadores” na sequência de um acordo semelhante com a Tunísia no ano passado.

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