As autoridades moçambicanas apreenderam, na quinta-feira, pouco mais de quatro toneladas de marfim que estavam a sair do país com destino ao Dubai, avançou esta sexta-feira a Autoridade Tributária (AT).

“Temos 651 pedaços de pontas de marfim que correspondem a 4,8 toneladas. O exportador escondeu os pedaços de marfim dentro de sacos de milho, mas porque as nossas unidades funcionam foi frustrada esta tentativa“, declarou à comunicação social em Maputo Leviana Macul, delegada AT, momentos após a apresentação do produto apreendido em Maputo.

A mercadoria, que tinha como destino o Dubai, foi apreendida por volta das 11h00 horas (09h00 em Lisboa), num contentor que estava quase pronto para sair de Maputo por via marítima, como resultado de uma denuncia anónima.

“Desconfiou-se naturalmente que neste contentor haveria uma mercadoria não comum para exportação. De imediato, associamos diferentes forças e solicitou-se que se efetuasse uma revista neste contentor, em que o marfim estava disfarçado em sacos de milho”, declarou Leonel Muchina, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), indicando que decorrem esforços para a detenção do exportador.

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A caça furtiva em Moçambique tem sido uma grave ameaça à vida selvagem, mas as autoridades estimam que o abate de elefantes tenha diminuído nos últimos anos, fruto dos esforços de fiscalização e conservação apoiadas também por parceiros internacionais.

Segundo dados da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Moçambique tem cerca de 10 mil elefantes.

Relatórios mais recentes indicam que o país perdeu, entre 2011 e 2016, 48% da população de elefantes.