O artista norte-americano Richard Serra, figura incontornável da arte contemporânea e conhecido por obras monumentais feitas de chapas de aço enferrujadas, morreu na terça-feira aos 85 anos, noticiou o jornal New York Times.

Serra morreu em casa, no estado de Nova Iorque, vítima de pneumonia, disse o diário norte-americano, que citou o advogado do artista.

Richard Serra produziu obras maciças e arredondadas, mas de aspeto minimalista, explorando o espaço e o ambiente, que estão expostas em todo o mundo, dos principais museus norte-americanos até ao deserto do Qatar.

Nascido em São Francisco, filho de uma mãe judia russa e de um pai espanhol, estagiou em Paris antes de se instalar em Nova Iorque, nos anos de 1960, onde a efervescência artística estava ao rubro.

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No final da década, publicou um manifesto e, em seguida, apresentou uma obra seminal, “One ton prop (House of cards)”, quatro placas de chumbo de 122×122 centímetros equilibradas pelo próprio peso, como um castelo de cartas.

Passou depois para grandes placas de aço castanho alaranjado enferrujado, expostas em Nova Iorque, Washington, Bilbau e Paris.

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Em 2014, chegou mesmo a plantar torres escuras na areia do Qatar, a 70 quilómetros de Doha.

“Quando se veem as minhas peças, não se fica com um objeto. Fica-se com uma experiência, uma passagem”, afirmou Serra, em 2004.