A Embaixada da Indonésia em Portugal afirmou esta terça-feira que o desfecho do processo dos dois portugueses detidos por tráfico de droga resultará das “provas apresentadas” e da “legislação aplicável”, negando qualquer “influência externa”, como uma eventual interferência de Ronaldo.

Num esclarecimento solicitado pela agência Lusa, o ministro conselheiro da Embaixada da Indonésia em Lisboa, Nilton Amaral, disse que “o caso está atualmente a ser investigado em profundidade pela polícia indonésia, que está empenhada em realizar uma análise exaustiva, em conformidade com as leis e procedimentos nacionais” desse país.

“Confiamos no seu processo para identificar e processar os principais autores envolvidos neste caso”, adiantou.

Os dois portugueses foram detidos a 17 de março, suspeitos de tráfico de estupefacientes, em Jacarta, na Indonésia, país onde o crime é punido com penas até à pena de morte.

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Um dos jovens é natural da Madeira e foi jogador de futebol, tal como Cristiano Ronaldo. O nome do futebolista atualmente a jogar na Arábia Saudita foi apontado por Nilton Amaral numa entrevista à RTP, na qual afirmou que uma possível solução poderá passar por “canais diplomáticos” ou outros “atores”, dando o exemplo de Ronaldo.

Contudo, e questionado sobre uma potencial influência com vista a um desfecho mais favorável para os dois portugueses, Nilton Amaral afirmou à Lusa que “os procedimentos legais seguem estritamente o quadro legal indonésio”.

“O resultado do processo será determinado exclusivamente pelas provas apresentadas e pela legislação aplicável, sem influência externa”, adiantou.

E indicou que “a Embaixada de Portugal em Jacarta está ativamente envolvida com as autoridades indonésias e com o Ministério dos Negócios Estrangeiros para assegurar que os detidos recebam a assistência consular necessária”.

“A nossa prioridade é facilitar a comunicação entre os detidos e as suas famílias em Portugal, prestando-lhes apoio e fornecendo-lhes informações atualizadas à medida que estas forem surgindo”, referiu.