A Câmara dos Representantes aprovou este sábado um texto que lança um ultimato ao TikTok, prevendo a interdição da aplicação nos Estados Unidos caso não corte os laços com a empresa ByteDance e de forma mais ampla com a China.

A plataforma de vídeos, cuja casa-mãe é a ByteDance, é acusada pelos responsáveis norte-americanos de permitir a Pequim espiar e manipular os seus 170 milhões de utilizadores nos Estados Unidos. A interdição deve agora ser validada pelo Senado.

A Câmara dos Representantes está a debater também programas de ajuda à Ucrânia, a Israel e a Taiwan.

Os parlamentares já aprovaram o gigantesco pacote de 95 mil milhões de dólares (quase 90 mil milhões de euros), exigido há meses pelo Presidente norte-americano, Joe Biden.

Se todas as medidas forem adotadas, serão rapidamente analisadas pelo Senado, que poderá começar a analisar os textos já na terça-feira, indicou o líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer.

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TikTok considera que interdição “violaria a liberdade de expressão”

Na reação ao diploma aprovado na Câmara dos Representantes, o TikTok considera que a interdição da rede social nos Estados Unidos “violaria a liberdade de expressão” de 170 milhões de pessoas, afirmou a rede social, visada por uma proposta de lei que pode levar à sua proibição no país.

Num ’email’ enviado à AFP, um porta-voz da plataforma, controlada pelo grupo chinês ByteDance, acrescenta que a proposta de lei de proibição “devastaria 7 milhões de empresas e fecharia uma plataforma que contribui com 24 mil milhões de dólares por ano para a economia norte-americana”.