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A União Europeia (UE) instou hoje Israel a parar imediatamente a sua operação militar em Rafah, que “exacerba ainda mais” a situação em Gaza e coloca “uma grande tensão” na relação do bloco europeu com o país.

“Se Israel continuar a sua operação militar em Rafah, inevitavelmente colocará uma grande tensão na sua relação com a UE”, disse o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, num comunicado.

O bloco europeu apelou a Israel que “pare imediatamente a sua operação militar em Rafah”, uma vez que “está a prejudicar ainda mais a distribuição de ajuda humanitária em Gaza e a causar mais deslocamentos internos, exposição à fome e sofrimento humano”.

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Cerca de 1,4 milhões de civis palestinianos estão concentrados em Rafah e nos seus arredores, mas foi pedido que deixem a área porque, segundo as Nações Unidas, não é considerada segura.

Embora a União Europeia reconheça o direito de Israel de se defender, deve fazê-lo de acordo com o direito humanitário internacional e proporcionar segurança aos civis, sublinhou Borrell, apelando aos israelitas que “se abstenham de exacerbar ainda mais a já grave situação em Gaza” e também para reabrir a passagem de fronteira de Rafah.

Ao abrigo do direito humanitário internacional, Israel deve permitir e facilitar a passagem sem entraves de ajuda humanitária aos civis, recordou a UE.

O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) já deixou claro o dever de Israel de facilitar o envio de ajuda humanitária aos civis nos seus despachos de 26 de janeiro e 28 de março.

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Neste sentido, a União Europeia condenou também o ataque do Hamas à passagem de Kerem Shalom, que prejudicou ainda mais a entrega de ajuda humanitária.

Os 27 instaram todas as partes a redobrarem os seus esforços para alcançar um cessar-fogo imediato e a libertação incondicional de todos os reféns israelitas detidos pelo Hamas.

Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza na sequência dos ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023, que causaram em território israelita cerca de 1.200 mortos e fizeram mais de 200 reféns. A ofensiva militar israelita em Gaza causou até agora mais de 35.000 mortos, segundo as autoridades do território palestiniano.