A companhia aérea britânica EasyJet vê com bons olhos a construção de um novo aeroporto em Lisboa, mas o presidente executivo, Johan Lundgren, defendeu que antes é preciso garantir que o aeroporto atual responde às necessidades.

“Somos favoráveis à construção de aeroportos e [aumento de] capacidade. Mesmo que este seja um aeroporto que só vai estar pronto em 2030, segundo os planos, estamos positivos porque estamos muito comprometidos com Portugal, é um mercado muito importante para nós e queremos continuar o nosso crescimento” no país, afirmou esta quinta-feira à agência Lusa, durante uma conferência telefónica sobre os resultados do primeiro semestre de 2024.

O responsável vincou ser importante, em Portugal ou em qualquer outro país, “que se concentre em primeiro lugar e sobretudo na resiliência, na própria infraestrutura, para garantir que consegue responder à capacidade e à procura”.

Lundgren referiu que o aeroporto na capital portuguesa apresentou “dificuldades nesse aspeto”.

“A nossa mensagem para todos os aeroportos é que se foquem na infraestrutura existente e garantam que essa melhore antes de pensar em crescimento”, vincou.

O presidente executivo da EasyJet alargou esta mensagem para além de Portugal, lamentando que “não é garantido que todos os aeroportos europeus atualmente” conseguem responder ao nível de capacidade e de passageiros existente.

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O primeiro-ministro de Portugal, o social-democrata Luís Montenegro, anunciou na terça-feira que o Governo aprovou a construção do novo aeroporto da região de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete, com a denominação Aeroporto Luís de Camões, com vista à substituição integral do Aeroporto Humberto Delgado.

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O Governo aprovou ainda o desenvolvimento de um plano de investimentos faseado que assegure o aumento de capacidade do Aeroporto Humberto Delgado.