O dispositivo de combate a incêndios para este ano no distrito de Évora vai mobilizar, na fase crítica, entre julho e setembro, até 345 operacionais, apoiados por 93 veículos e um helicóptero, revelou esta quinta-feira a Proteção Civil.

Em declarações à agência Lusa, a comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Central, Maria João Rosado, indicou que o dispositivo preparado para este território “está muito alinhado” com os de anos anteriores.

“O dispositivo, em termos quantitativos e de planeamento antecipatório, não tem sofrido alterações porque o histórico dos anos anteriores tem revelado que os meios dão resposta às necessidades, em situações de normalidade”, realçou.

Assinalando o “número crescente [de meios] ao longo dos diversos níveis de empenhamento operacional”, a responsável referiu que a 1.ª fase do dispositivo de combate a incêndios arrancou na quarta-feira e termina no dia 31 deste mês.

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Durante este período, “vão estar empenhadas até 83 equipas”, constituídas por igual número de veículos e por “um máximo de 304 operacionais”, além de um helicóptero bombardeiro ligeiro, adiantou.

Segundo Maria João Rosado, este meio aéreo está, desde esta quinta-feira, estacionado no Centro de Meios Aéreos de Évora e, aí, vai ficar até 30 de setembro.

Para a fase seguinte, entre 1 e 30 de junho, “existe um acréscimo quantitativo de meios disponíveis em exclusivo para o combate aos incêndios rurais” em relação à anterior e “poderemos ir até 88 equipas e 332 operacionais”, referiu.

para os meses de julho, agosto e setembro, o período mais crítico em termos de incêndios, de acordo com a comandante, estarão de prontidão, no máximo, 93 equipas, que integram o mesmo número veículos e 345 operacionais.

“Na primeira quinzena de outubro, podemos ir até às 78 equipas com 282 elementos”, acrescentou.

Os meios são garantidos pelos 14 corpos de bombeiros do distrito, Força Especial de Proteção Civil, GNR e PSP, equipas de sapadores florestais, da empresa AFOCELCA e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), e serviços municipais de proteção civil.

“Contamos com uma presença muito significativa de meios dos corpos de bombeiros, quer através das equipas de intervenção permanente, que são 28 no Alentejo Central, quer também com o acréscimo das equipas contratualizadas com regime de exclusividade para o combate aos incêndios rurais”, notou.

A comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Central destacou ainda a importância das ações de treino operacional enquadradas no dispositivo especial de combate a incêndios rurais (DECIR).

“Iremos realizar, na segunda-feira, e possivelmente é a que terá o maior número de operacionais envolvidos, uma ação de treino operacional multidisciplinar no concelho de Mourão, cujos destinatários são, essencialmente, os corpos de bombeiros, ainda que tenhamos outras forças intervenientes”, salientou.

Com a participação de cerca de 70 operacionais, este treino visa “testar e treinar as várias valências que os operacionais dos corpos de bombeiros detêm no terreno, nomeadamente as comunicações terra-ar, progressão no terreno, identificação de locais de risco e constituição das equipas de posto de comando”, disse.