O candidato e líder do PS Madeira desvalorizou esta quinta-feira a sondagem que coloca o PSD à frente nas intenções de voto para as eleições regionais que decorrem daqui a três dias. “A verdadeira sondagem será no domingo e acredito que o resultado será outro. Tenho razões para acreditar nisso”, afirmou Paulo Cafôfo esta quinta-feira, em declarações aos jornalistas à margem de uma arruada.

O Diário de Notícias da Madeira revela que as intenções de voto no PSD, liderado por Miguel Albuquerque, estão nos 38,1%, seguindo-se o PS com 20,6%.

O socialista considera que “um voto no Chega é também um voto em Miguel Albuquerque”, lembrando que há um “entendimento pré-eleitoral” entre os dois partidos. “Isso ficou visível nas palavras de André Ventura e espero que haja um sinal proibido dos madeirenses para a não continuidade das políticas do PSD”, apela Cafôfo.

Sem deixar de apontar que esta é a única sondagem feita até agora, facto que apelida de “estranho”, o socialista recorda que a última sondagem nas regionais, que decorreu há oito meses, foi feita pela mesma empresa de sondagens. “Dava 14% para o PS e 52,9% para o PSD”, acabando os resultados reais por ser “completamente diferentes”, afirma.

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O candidato socialista entende que a escolha dos madeirenses está feita e assinala mais um defeito ao estudo de opinião. “A sondagem só validou 39% das respostas, é uma amostra que não é fidedigna e não é o que vemos na rua”, acrescenta.

Em entrevista ao Observador, esta quarta-feira, Paulo Cafôfo admitiu que tem apenas duas “linhas vermelhas” ou “sentidos proibidos” — o PSD e o Chega. Mostra-se disponível para dialogar com todos os outros partidos no dia seguinte às eleições de 26 de maio.

Paulo Cafôfo: “Só tenho linhas vermelhas para PSD e Chega. Está mesmo a desenhar-se uma geringonça”