Primeiro, era o “grupo da morte”. Depois da primeira jornada, era um grupo com um encontro da morte e um duelo pela vida. No jogo inicial, a França conseguiu ganhar pela margem mínima à Espanha e teve nesse triunfo uma boia de salvação para poder ainda sonhar com o apuramento para os quartos; no jogo seguinte, entre os dois conjuntos que tinham começado a fase final do Campeonato da Europa de Sub-17 com triunfos, só um poderia chegar ao fim da jornada na liderança. E esse, esta sexta-feira, foi Portugal.

Eles jogam, nós ganhamos: Portugal bate Espanha no arranque do “grupo da morte” do Europeu Sub-17

Pelo resultado obtido diante da França (4-1), pelo leque de jogadores que tem à disposição e pela constante evolução na última década de todas as gerações nacionais, a Inglaterra surgia como um “peso pesado” que não só pretendia dar um passo quase decisivo rumo à qualificação para a fase seguinte como tentava voltar a mostrar que é uma séria candidata ao título. Não deixou de ser. No entanto, a Seleção foi melhor. Foi mais eficaz, mais pragmática, mais capaz, mais solidária. Mais tudo, até a uma surpreendente goleada.

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Depois de um arranque melhor dos britânicos, com Diogo Ferreira a brilhar na baliza, Rodrigo Mora fez o 1-0 após assistência do companheiro portista Cardoso Varela (34′) mas a Inglaterra empatou ainda antes do intervalo por Mikey Moore (43′). Voltava tudo à estaca zero, começava tudo na estaca zero para uma segunda parte de sonho: depois de mais uma assistência de Cardoso Varela, Mora bisou logo no reinício da partida (48′), Gabriel Silva aumentou para 3-1 após a terceira assistência de Cardoso Varela (64′) e, logo de seguida, Afonso Patrão fixou o 4-1 final depois de um passe do inevitável Rodrigo Mora (68′).

“A primeira mensagem que quero deixar é para os menos utilizados, que têm sido inexcedíveis no trabalho e no treino e só dois ainda não jogaram. Mas não viram a cara à luta, sempre bem dispostos e com energia. Hoje foi um bom jogo contra uma grande equipa. Anulámos muitos pontos fortes de Inglaterra e explorámos o que temos de bom, qualidade técnica e de decisão e velocidade. Temos de trabalhar muito. Virámos mais uma página, mas não ganhámos nada. Temos de ter os pezinhos no chão. Já passámos momentos menos bons, agora são bons e vamos tentar prolongar, mas serenos e conscientes”, comentou depois da goleada João Santos, técnico da Seleção Sub-17, na zona de entrevistas rápidas do Canal 11.