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O ex-chefe do Exército e membro observador do gabinete de guerra israelita Gadi Eisenkot pediu esta segunda-feira ao parlamento que suspenda a ofensiva em Rafah para garantir o regresso dos reféns detidos em Gaza desde 7 de outubro.

De acordo com o jornal Times of Israel, Eisenkot referiu à comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Segurança a necessidade de “pôr fim aos combates em Rafah e, ao mesmo tempo, fazer progressos no acordo sobre os reféns”.

Para além disso, o antigo militar, membro do Knesset (parlamento), defendeu que Israel cessaria os combates “durante o tempo necessário” para recuperar os reféns.

Eisenkot recordou a trégua de uma semana alcançada com o grupo islamita Hamas no final de novembro para defender que as autoridades israelitas “podem suspender os combates e regressar a eles durante o tempo necessário para atingir os objetivos da guerra”.

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O pedido de Eisenkot surge após um bombardeamento israelita em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que causou pelo menos cerca de 50 mortos — perto de metade dos quais mulheres, crianças e idosos — e 249 feridos.

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O ataque atingiu um campo de deslocados no bairro de Tal al-Sultan, no noroeste da cidade, que era considerado uma “zona segura”, uma vez que o exército ainda não tinha apelado à sua evacuação, como tinha feito com as zonas do leste e do centro do enclave.

Desde que o exército israelita iniciou a sua ofensiva em Rafah, a 6 de maio, quase um milhão de pessoas fugiram, principalmente para as praias de Al Mawasi, onde permanecem amontoadas sem acesso a saneamento ou água potável.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, indicou esta segunda-feira que o número de pessoas mortas por fogo israelita desde 7 de outubro de 2023 subiu para 36.050, enquanto o número de feridos subiu para 81.026.

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Além disso, o ministério recorda diariamente que mais de 10 mil corpos continuam enterrados sob os escombros, sem que as ambulâncias ou equipas de socorro possam aceder a eles.

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Em 7 de outubro de 2023, um ataque sem precedentes do Hamas em território israelita causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades de Telavive.

Após a troca de reféns e prisioneiros palestinianos durante a trégua de novembro, permanecem em Gaza 133 reféns, incluindo alguns já mortos, segundo as autoridades israelitas.