A ministra da Saúde planeia apresentar em breve os primeiros centros de atendimento clínico, que servirão para ajudar a retirar os doentes não urgentes das urgências hospitalares. Estes centros vão resultar de protocolo com a Misericórdia do Porto e do Hospital das Forças Armadas, em Lisboa.

Em entrevista ao Público, Ana Paula Martins explicou que os centros de atendimento clínico serão feitos em Lisboa e no Porto porque “além de serem as zonas mais pressionadas nesta fase, também temos de voltar a testar o modelo, que tem algumas inovações mas não é completamente novo porque no passado já tivemos os SAP [Serviços de Atendimento Permanente]”.

No Porto, há “um hospital que vai ter praticamente toda a urgência dedicada a ser este centro clínico”. A parceria para a operacionalização dos centros será feita com a Misericórdia do Porto e, em Lisboa, será aprofundado o protocolo com o Hospital das Forças Armadas. “Estamos convencidos que, muito brevemente, poderemos fazer esse anúncio”, considera Ana Paula Martins.

Como o Observador escreveu, na área da urgência, o Plano de Emergência apresentado esta quarta-feira contempla medidas destinadas a reforçar o papel dos serviços de  urgência “enquanto local para a observação e estabilização das situações clínicas realmente urgentes e emergentes”. Os doentes não urgentes que recorram às urgências hospitalares vão ser atendidos num espaço diferente, os chamados Centros de Atendimento Clínico, que o documento especifica serem “entidades públicas, sociais e privadas que possam disponibilizar logísticas adequadas para o atendimento de situações agudas de menor complexidade clínica e urgência”.

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A ministra também revelou que já foram identificados 237 doentes que poderão vir a sair dos hospitais para lares e para apoio domiciliário.