Os três detidos pela Polícia Judiciária na operação Assinatura d’Ouro, por acesso ilegítimo, sabotagem e burla informática, falsificação de documentos e branqueamento de capitais num esquema que lesou o grupo Chimarrão em cerca de 40 milhões de euros, foram na manhã desta sexta-feira libertados por falta de provas, avança a CNN Portugal.

Terá sido a própria procuradora responsável pela acusação a perante o juiz Nuno Dias Costa (do Tribunal Central de Instrução Criminal) que o despacho de indiciação tinha omissões que não lhe permitiam prosseguir com os interrogatórios aos três suspeitos – que estavam há dois dias detidos.

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Os três suspeitos vão ser agora notificados para se apresentarem mais tarde, quando o Ministério Público estiver em condições de fundamentar a prova.

PJ detém grupo suspeito de se apoderar do património da cadeia de restauração Chimarrão, avaliado em dezenas de milhões de euros

Recorde-se que o grupo é acusado de se ter apoderado do sistema informático relacionado com a faturação do grupo Chimarrão, desviando para seu proveito uma porta do património financeiro do grupo e lesando o fundador da conhecida cadeia de restaurantes e as suas empresas. Após uma investigação, a Polícia Judiciária lançou na passada terça-feira uma mega-operação, cumprindo 25 mandados de busca domiciliárias e não domiciliárias e três detenções.

Em causa estão crimes de acesso ilegítimo, sabotagem informática, burla informática, falsificação de documentos e branqueamento de capitais. O esquema já durava há pelo menos dois anos, quando chegou à PJ a primeira denúncia. Nas buscas, foram apreendidos imóveis, saldos bancários, participações societárias e viaturas de luxo.

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