Os números foram demolidores, mas não pelos melhores motivos. A Bélgica terminou o jogo com 59% de posse de bola, 16 remates, seis remates enquadrados, 34 ações na área adversária e 11 ações defensivas no meio-campo adversário. No fim, não marcou nenhum golo, teve dois anulados e perdeu com a Eslováquia.

Os pesadelos de Lukaku são com Ivan, o Terrível (a crónica do Bélgica-Eslováquia)

Entre uma exibição complexa de Lukaku, que falhou diversas oportunidades claras e teve dois golos anulados, e uma inspiração pouco frutífera de Trossard, De Bruyne ou Jérémy Doku, Zeno Debast acabou por ser uma das escassas linhas positivas da Bélgica. O futuro jogador do Sporting foi titular no eixo defensivo da equipa, estreando-se em Campeonatos da Europa, e teve uma eficácia de passe de 90%, com sete passes progressivos concretizados e quatro recuperações de bola.

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Por outro lado, a Eslováquia aguentou o tsunami ofensivo dos belgas, foi muito eficaz e carimbou uma vitória que dá gás ao objetivo de chegar aos oitavos de final. A equipa de Francesco Calzona venceu a Bélgica pela primeira vez na história, venceu o jogo inaugural de uma grande competição pela segunda vez em quatro possíveis e leva agora quatro triunfos consecutivos em provas oficiais, algo que nunca tinha alcançado. 

E tudo porque Ivan Schranz, ao sétimo minuto de jogo, não falhou uma recarga depois de uma defesa de Casteels. O avançado do Slavia Praga estreou-se em Europeus, já que foi convocado para o Euro 2020 mas não chegou a jogar, e prolongou um percurso internacional onde também já tinha representado os Sub-19 e os Sub-21. Nascido em Bratislava, deu os primeiros passos no Petržalka e tem cumprido a carreira entre Eslováquia, República Checa e Chipre, sendo que está no clube da capital checa desde 2021 e já leva praticamente 100 jogos.