A federação russa de judo anunciou este sábado que não irá enviar judocas para os Jogos Olímpicos Paris2024, tendo denunciado as “condições humilhantes” definidas pelo Comité Olímpico Internacional (COI).

Depois de na sexta-feira o COI ter autorizado apenas a participação de quatro judocas russos em 14 categorias previstas, a federação daquela modalidade decidiu boicotar o evento que terá lugar entre 26 de julho e 11 de agosto na capital francesa.

Da lista divulgada pelo COI, apenas Dali Liluashvili, Elis Startseva, Makhmadbek Makhbadbekov e Valerii Endovitskyi estavam autorizados a competir em Paris.

A equipa russa de judo não vai aceitar estas condições humilhantes. Estas atitudes do COI comprometem a credibilidade do Movimento Olímpico e destroem o estatuto dos Jogos Olímpicos enquanto ‘evento desportivo mais importante no mundo'”, refere a federação, em comunicado, lamentando que “dos 17 judocas que poderiam assegurar qualificação olímpica, apenas quatro foram autorizados a participar pelo COI”.

O organismo considera mesmo que “sem os atletas russos, as competições de judo dos Jogos Olímpicos estarão incompletas”.

Caso os 17 judocas tivessem obtido pontos suficientes para se qualificarem, apenas 14 poderiam ir a Paris2024, uma vez que cada país só pode ter um máximo de um atleta por categoria, com sete masculinos e sete femininos.

Os atletas russos e bielorrussos foram impedidos de participar nos Jogos Olímpicos, devido à invasão da Ucrânia, mas o COI estava a proceder à sua reintegração gradual, sob bandeira neutra e determinadas condições de acesso.

Além de necessitarem de convite, os atletas que competissem sob bandeira neutra tinham não só de superar os normais eventos de qualificação, bem como serem sujeitos a uma avaliação para determinar se apoiavam a guerra na Ucrânia e se tinham alguma ligação às forças armadas dos seus países.

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