O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) denunciou esta quinta-feira que a Unidade Local de Saúde Tâmega e Sousa está a obrigar um médico do hospital de Penafiel a prestar serviço em Amarante, contrariando o Acordo Coletivo de Trabalho.
“O Hospital Padre Américo, em Penafiel, está a impedir o gozo de direito dos médicos estabelecido pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que o próprio hospital assinou em 2009”, lê-se num comunicado enviado à Lusa.
Sobre esta posição do sindicato, fonte da administração da ULS avançou à Lusa que, “desde a criação do centro hospitalar, em 2008, diversos grupos profissionais prestam serviço nas duas unidades (Amarante e Penafiel).
O Hospital Padre Américo, em Penafiel, conjuntamente com o Hospital de São Gonçalo, em Amarante, integra a Unidade Local de Saúde Tâmega e Sousa, recentemente constituída, que também compreende a rede de cuidados de saúde primários (centros de saúde) daquele território com 11 concelhos e cerca de meio milhão de habitantes.
O SIM acentua, por seu turno, que o hospital de Penafiel está a obrigar o médico sindicalizado a deslocar-se a um estabelecimento que não faz parte do respetivo local de trabalho.
Mas, para a ULS, “neste caso em concreto, trata-se “apenas de um clínico entre centenas”, acrescentando-se que aquele profissional “está escalado [para Amarante] apenas para dezembro”.
Num esclarecimento adicional ao comunicado, Hugo Cadavez, dirigente do SIM, disse à Lusa haver dezenas de colegas nas mesmas condições “que podiam gozar do mesmo direito, mas não o fazem, porque o hospital o está a negar”.
Para aquela estrutura representativa dos trabalhadores, “nunca na história deste sindicato e desde que foi celebrado o Acordo Coletivo de Trabalho em 2009 houve qualquer imposição para prestação de trabalho em estabelecimento de uma entidade empregadora situado num concelho distinto”.
Avisa ainda o SIM que, “persistindo tão grave insistência em determinar ordens ilegais, e dada a clareza do tema”, o sindicato recorrerá à via judicial.