O deputado e vice-presidente da Assembleia da República, Rodrigo Saraiva não descarta a hipótese de os liberais virem a aprovar o Orçamento do Estado para 2025: “Está tudo em aberto”. Em entrevista à Rádio Observador no Congresso da IL, desvaloriza Rui Rocha ter feito uma única crítica ao Governo de Montenegro (sobre perder a vontade de privatizar a TAP): “Ele só fez essa crítica porque também não podia estar a tarde inteira a fazer outras críticas”.

O vice-presidente da AR defende que, mesmo que o orçamento do Estado seja chumbado, a Assembleia da República não deve ser dissolvida e que Marcelo Rebelo de Sousa é a pessoa certa para contornar quaisquer “jurisprudências” que tenha criado no passado.

Para Rodrigo Saraiva os liberais têm sido “oposição construtiva“, que aponta o dedo no plano da imigração e da habitação e saúde, a dizer que “falta ambição ao Governo”. Critica, por exemplo, o facto de, na saúde, o PSD “não colocar na primeira linha o público, o privado e o social”.

O também vice-presidente da AR diz que concorda “totalmente” com a posição de Aguiar-Branco sobre a liberdade de expressão. A IL, explica, defende a “liberdade de se poder dizer as coisas mais idiotas e as coisas com as quais não concordamos”. Sobre os limites a essa liberdade, Rodrigo Saraiva diz que “são os que estão na lei: quem se sentir ofendido, pode apresentar queixa do que ouve ou de que vê”. Já no debate parlamentar “não pode haver esses limites, porque deve ser possível fazer o contraditório”. Porque as ideias não podem estar “escondidas”, devem estar visíveis para ser “combatida”.

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