A ex-presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos e influente congressista Nancy Pelosi negou ter liderado a operação que obrigou o Presidente, Joe Biden, a renunciar à sua campanha de reeleição.

Não, não liderei nenhuma campanha de pressão. Não liguei a ninguém. Poderei sempre dizer [a Biden] que não liguei a ninguém”, disse Pelosi, durante uma entrevista num programa dominical da cadeia televisiva norte-americana CBS, que este sábado antecipou um excerto da conversa.

Questionada sobre os relatos de que Biden estaria zangado com ela, Pelosi respondeu: “Bem, ele sabe que eu o amo muito”.

A congressista escusou-se a relatar as conversas que manteve sobre o assunto com Biden, alegando que nunca revelou publicamente o que fala em privado com o Presidente.

Biden, de 81 anos, abandonou a sua campanha de recandidatura, em 21 de julho, e passou o testemunho à vice-Presidente, Kamala Harris, cedendo à pressão de vários membros e doadores do seu partido que lhe pediram que se retirasse, após o seu fraco desempenho no debate eleitoral com o candidato republicano, Donald Trump.

De acordo com vários meios de comunicação social norte-americanos, Pelosi e o ex-Presidente Barack Obama desempenharam um papel crucial ao obrigar Biden a abandonar a corrida eleitoral, acreditando que o Presidente não tinha hipóteses de vencer Trump nas eleições de 05 de novembro.

Numa entrevista à MSNBC, em 10 de julho, Pelosi evitou dar apoio explícito a Biden e disse que o Presidente tinha de tomar uma decisão sobre o futuro da sua candidatura, mesmo tendo deixado claro que o seu objetivo naquele momento era continuar com a campanha.

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