O Governo da Madeira formalizou esta terça-feira contratos com duas instituições particulares para a criação de 128 espaços no âmbito da Rede de Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental, num total de cinco milhões de euros, ao abrigo do PRR.

“É um momento importante em termos de Serviço de Saúde Regional e com ligação direta ao Programa de Recuperação e Resiliência [PRR]”, disse o secretário regional da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, indicando que no geral serão investidos 54 milhões de euros na rede de cuidados continuados até 2026.

O governante falava na cerimónia de assinatura de contratos referentes a projetos da Rede de Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental, um com a Casa de Saúde de São João de Deus e outro com a Casa de Saúde Câmara Pestana, no salão nobre do Governo Regional, no Funchal.

Os projetos visam a criação de 128 camas em três níveis — residências para apoio máximo, residências para treino de autonomia e residências autónomas, sendo que 81 ficam a cargo da Casa de Saúde São João de Deus e 47 da Casa de Saúde Câmara Pestana, duas instituições de referência na área da saúde mental no arquipélago.

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“Estas três situações correspondem àquela fase de evolução para a desinstitucionalização, para preparar a reinserção de cidadãos com alguma vulnerabilidade”, explicou Pedro Ramos.

Alguns dos novos espaços serão criados junto das instituições, localizadas no Funchal, e outros serão construídos de raiz em diversas freguesias da capital madeirense.

O secretário regional esclareceu que, no total, o PRR canaliza 54 milhões de euros só para a Rede de Cuidados Continuados Integrados da Região Autónoma da Madeira, com vista à criação de 1.080 camas — 730 de âmbito geral e 337 na área da saúde mental, incluindo as 128 apresentadas hoje.

“Até 2026 tudo isto tem de estar criado”, disse Pedro Ramos, reconhecendo, no entanto, haver “algumas dificuldades” ao nível das empresas devido aos “prazos apertados”.