A Câmara Municipal de Ovar pretende recorrer ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para financiar obras estimadas em mais de 5,6 milhões de euros numa escola cuja gestão passou do Estado para a autarquia, foi esta quarta-feira anunciado.

Em causa está a Escola Básica António Dias Simões, naquele concelho do distrito de Aveiro, que é frequentada por cerca de 400 alunos do 2.º ciclo de escolaridade e integra quatro blocos de edifícios e um pavilhão gimnodesportivo.

A empreitada já tem projeto de execução aprovado e falta apenas o parecer da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, mas, embora o prazo para conclusão dos trabalhos esteja estimado em 540 dias, a Câmara ainda não aponta data para o início das obras até ter mais certezas quanto ao seu financiamento comunitário.

O presidente da autarquia, Domingos Silva, realçou, em declarações à Lusa, que o estabelecimento de ensino faz parte do conjunto de equipamentos que transitaram do Estado para o município sob “o compromisso” específico de a sua requalificação “ser subvencionada integralmente pelo Governo através do PRR”.

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É por isso que, segundo o autarca, nesta fase o município “não tem condições de se comprometer com uma data para o início das obras”.

Apesar disso, o social-democrata garantiu que a requalificação é para concretizar. “É nosso objetivo tornar o complexo da Escola António Dias Simões mais eficiente, tendo como premissas duas preocupações centrais: a mobilidade e a eficiência energética, que permitirão garantir não só uma relevante poupança económica, mas, sobretudo, melhorar a qualidade de vida de alunos, professores e pessoal não docente”, afirmou.

A obra prevê a remodelação e a requalificação dos quatro blocos de edifícios da escola, abrangendo não apenas salas de aulas e espaços administrativos, mas também biblioteca, pavilhão desportivo e auditório.

Nessa empreitada está prevista a restruturação de espaços, a substituição de caixilharias, a instalação de sistemas de isolamento térmico, a mudança de pavimentos e carpintaria interiores, a reparação de coberturas, a remodelação de instalações sanitárias, a execução de pinturas e vários arranjos exteriores.

Quanto às condições letivas no decurso da intervenção, Domingos Silva adiantou que, “enquanto decorrerem as obras, os alunos serão instalados em monoblocos”.

Para o presidente da Câmara, esse inconveniente temporário é necessário para que todos os alunos do concelho tenham “condições infraestruturais excelentes para o desenvolvimento do seu percurso formativo”.