O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, manifestou esta quinta-feira “preocupação e solidariedade para com os madeirenses”, devido ao incêndio que lavra há oito dias na ilha, agradecendo ainda a “coragem e empenho” dos operacionais que combatem o fogo.

“Os incêndios que têm fustigado a ilha da Madeira atingem-nos a todos. Queria, em nome de todos os socialistas portugueses, deixar palavras de preocupação e de solidariedade para com os madeirenses, que têm vivido de forma resiliente a angústia própria destes momentos difíceis”, sublinhou o líder socialista, numa nota na rede social X.

Pedro Nuno Santos expressou também “uma palavra de reconhecimento às mulheres e aos homens que têm combatido o fogo”.

“Devemos a todas e a todos eles um agradecimento pela sua coragem e empenho; têm feito tudo o que é humanamente possível para salvar e defender as pessoas, os seus bens e o meio ambiente”, acrescentou.

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O incêndio na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana. Em vários pontos foi, entretanto, sendo extinto.

No mais recente ponto de situação, o Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC) referiu esta quinta-feira que o fogo continua ativo no Pico Ruivo e no Pico do Gato, na cordilheira central da ilha, e no concelho da Ponta do Sol.

Estão no terreno “mais de 120 operacionais e mais de uma dezena de meios [veículos], de todos os corpos de bombeiros” da região, assim como dos Açores e da Força Especial de Proteção Civil proveniente do continente.

Durante a tarde desta quinta-feira os dois aviões Canadair pedidos pelo Governo português à União Europeia já efetuaram descargas sobre os fogos que lavram na Madeira, complementando a ação do helicóptero do SRPC, o único meio aéreo de que o arquipélago da Madeira dispõe.

As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.

O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.

Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 4.930 hectares de área ardida.

A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.