Os Estados Unidos anunciaram esta quarta-feira novas sanções contra colonos israelitas na Cisjordânia, instando Telavive a lutar contra os grupos extremistas que são acusados de alimentar a violência nos territórios ocupados na Palestina.

O anúncio surge no mesmo dia em que o Exército israelita lançou uma operação militar em grande escala no norte da Cisjordânia, reclamando a morte de nove combatentes palestinianos.

“A violência extremista dos colonos na Cisjordânia causa intenso sofrimento humano, prejudica a segurança de Israel e mina as perspetivas de paz e estabilidade na região”, justificou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em comunicado de imprensa.

“É essencial que o governo israelita responsabilize os indivíduos e entidades responsáveis pela violência contra civis na Cisjordânia”, acrescentou.

A nova vaga de sanções visa em particular uma organização não-governamental, Hashomer Yosh, e os seus líderes, acusados de prestar apoio material ao colonato de Meitarim, na Cisjordânia, segundo o Departamento de Estado.

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Washington sancionou também Yitzhak Levi Filant, descrito como o coordenador de segurança do colonato de Yitzhar, também na Cisjordânia.

“Em fevereiro de 2024, liderou um grupo de colonos armados que montaram bloqueios de estradas e realizaram patrulhas para perseguir e atacar palestinianos nas suas terras e expulsá-los à força”, segundo o comunicado.

Os Estados Unidos já impuseram várias sanções contra colonos israelitas e manifestaram a sua forte oposição a qualquer expansão dos colonatos na Cisjordânia, apoiadas por membros da extrema-direita do governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

Desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, em 7 de outubro, a violência intensificou-se na Cisjordânia, um território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.