793kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Salvador Sobral cantou com "um nó na garganta constante" no "concerto do até já"

Este artigo tem mais de 5 anos

Salvador deu o seu último concerto esta sexta-feira antes de entregar "o corpo à ciência". Emocionou os fãs e deixou-se emocionar. Chorou para o público e nos ombros da irmã, que apareceu de surpresa.

i

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Chamou-lhe o “concerto do até já”, mas despediu-se com um “até breve”. Salvador Sobral deu esta sexta-feira o último concerto antes de se afastar temporariamente dos palcos. O vencedor do Festival Eurovisão da Canção não escondeu as lágrimas e cantou de “nó na garganta” principalmente nos duetos com a irmã, Luísa Sobral.

Para se despedir dele, várias centenas de fãs estiveram nos Jardins do Casino Estoril, na terceira edição do FIC — Festival Internacional de Cultura, em Cascais. Mas desta vez, não houve cartazes. Houve antes centenas de balões brancos em formato de coração, nas mãos dos fãs, que emocionaram o cantor.

Vou receber todo o vosso amor e guardá-lo numa caixinha figurativa. Espero que caiba”, disse Salvador Sobral em reação aos balões.

Salvador Sobral agradeceu a presença de todos porque, “ainda por cima”, estava frio. Não sem antes lhes pregar um susto. Antes de começar, ainda o palco estava escuro, ouvia-se a voz de Salvador Sobral — que é também a voz de Amar Pelos Dois — a dizer que “ infelizmente” não podia estar presente. O som de desilusão do público durou apenas dois segundos. O vencedor do Festival Eurovisão da Canção depressa se apressou a descansar os fãs: “Estou a brincar”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

19 fotos

Depois, ainda sem aparecer, fez um pedido: fotografias só nos últimos vinte minutos do concerto. “Guardem os telemóveis nos bolsos”, pediu Salvador Sobral que admitiu, já no final do concerto, que já está “em paz” com a fama embora nem sempre “tenha lidado bem com as coisas”.

Foi muito bom tudo o que tem acontecido embora não tenha lidado bem com as coisas. Mas agora já estou em paz. Já digo aquelas coisas do «mas você sabe com quem está a falar?». Já abracei a vida de famoso”, admitiu o vencedor do Festival Eurovisão da Canção.

O concerto durou duas horas. A cada música, uma pausa. “Não é fácil cantar com um nó na garganta constante”, explicou o cantor. Tanto não foi que Salvador Sobral ia parando para discursar, elogiando as músicas que tinha acabado de interpretar e relembrando: “É bonita a canção não e? Agora não vamos tocá-la durante um tempo”. Outras vezes, parava para chorar. Numa dessas, ouviu-se uma voz do público: “Vai correr bem, porra!”.

A voz de Salvador Sobral — a cantar ou a discursar — foi sendo interrompida pelos sons dos balões que iam rebentando. Um deles, era o do pai do cantor. “O meu pai já rebentou o balão”, apontou Salvador Sobral logo no início do concerto. A família acompanhou o cantor. A irmã, Luísa Sobral, apareceu de “surpresa” no final do concerto para um dueto com Salvador Sobral na música Amar Pelos Dois — algo que já tinham feito na final do Festival Eurovisão da Canção, depois do português se ter consagrado vencedor da edição de 2017.

Salvador Sobral interrompeu “Amar Pelos Dois” para chorar nos ombros da irmã, enquanto o público compensava essa falha, cantando na ausência da voz dos irmãos Sobral.

Chegou a hora do fim porque senão, de repente, já se torna um bocado vergonha alheia, um bocado deprimente. Obrigado por terem vindo a este concerto do até já”, disse Salvador Sobral.

Mas Amar Pelos Dois estava longe de ser a canção final. Luísa Sobral saiu do palco — enquanto o irmão cantava aquela que seria a última música — para depois voltar para cantar novamente um dueto com o irmão e mais uma vez, uma música composta por si. No final, Salvador Sobral pediu ao público que o deixasse cantar ao piano. O público deixou, o músico cantou e, no final, ligando o telemóvel que tinha no bolso — e que tinha desligado no início do concerto — saiu do palco.

O concerto desta sexta-feira foi o último mas não foi surpresa: Salvador Sobral já o tinha anunciado esta terça-feira. O cantor publicou um vídeo no Facebook onde explicava que tinha chegado “a altura de entregar o corpo à ciência”. “Infelizmente”, disse, não sabe “quando tempo pode demorar” para resolver o seu problema de saúde. “Em breve, será. Agora, quão breve, não sei”.

Salvador Sobral aproveitou ainda o vídeo para agradecer o apoio que recebeu dos fãs e para pedir que“não invadissem” a sua privacidade, principalmente, aos “ditos meios de comunicação de porcaria que dizem” que Salvador Sobral tem “três meses de vida”. O artista terminou o vídeo onde anunciou o seu afastamento temporário a cantar uma parte da música “Hello Goodbye”, dos The Beatles.

No final de agosto, Salvador Sobral cancelou dois concertos por indicação médica: no Festival F, em Faro, e na Anadia, em Aveiro. Também através do Facebook, o vencedor do Festival da Canção anunciou que tinha “que parar a sua atividade por alguns dias para controlo da sua condição de saúde”.

Salvador Sobral cancela concertos por indicação médica

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais o nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos