Os combates de segunda e terça-feira na capital do Iémen, Sanaa, fizeram 35 mortos e 94 feridos entre milicianos xiitas, forças de segurança e civis, segundo fontes médicas e dos serviços de emergência.

Um anterior balanço dava conta de 18 mortos e dezenas de feridos, segundo a agência France Presse. O novo balanço inclui quatro civis mortos, entre os quais uma mulher, e três corpos que ainda não foram identificados, sendo os restantes de milicianos xiitas e de membros das forças de segurança.

Milícias xiitas atacaram e tomaram o palácio presidencial iemenita e a residência do chefe de Estado, Abdrabhu Mansur Hadi. Alguns responsáveis disseram que o presidente está em prisão domiciliária, mas outros asseguraram que é livre de sair. Segundo a Reuters, em Washington não há certezas do paradeiro de Hadi.

A milícia xiita, designada Huthi, nome do seu antigo comandante Hussein Badreddin al-Huthi, morto pelo exército iemenita em 2004, assumiu quase o controlo total de Sanaa em setembro passado e tem travado diversos combates com as forças governamentais.

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As seis monarquias do Golfo Pérsico, reunidas no Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), manifestaram esta quarta-feira o seu apoio ao presidente iemenita e denunciaram um “golpe de força contra o poder legítimo” ao tomarem de assalto o palácio presidencial e a residência do presidente.

O CGD é integrado pela Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Qatar e Omã.

Em comunicado, divulgado após uma reunião extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos seis países, afirma também o seu apoio “à legalidade constitucional no Iémen, representada pelo presidente” Hadi e apela à milícia que retire do palácio presidencial e da residência.

As reações internacionais têm condenado a violência no país. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que a ordem fosse restabelecida no Iémen. Os EUA pediram o “fim imediato das hostilidades” e sublinharam o seu apoio a Hadi e ao seu Governo.