A par com os emigrantes permanentes, registaram-se ainda 74.322 emigrantes temporários, isto é, pessoas que saíram de Portugal para residirem fora do país por períodos inferiores a um ano e que são considerados pelo INE como continuando a ser residentes em Portugal. Estes dados foram revelados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Face a 2012, o aumento deste tipo de emigrantes “temporários” foi de 7%.

Os emigrantes “permanentes”, aqueles que deixam Portugal com o objetivo de residir noutro país por um período superior a um ano, contribuíram para um saldo migratório negativo de 36.232 pessoas. Como o saldo natural – diferenças entre o número de óbitos e o número de nascimentos – continuou também a ser negativo, cifrando-se em menos 23.756 pessoas, no total Portugal perdeu sensivelmente 60 mil habitantes em 2013.

Para este decréscimo populacional continuou a contribuir a queda na natalidade. Em 2013, nasceram menos 7,9% bebés em Portugal, tendo sido contabilizados 82,7 mil nascimentos com vida. O índice de fecundidade voltou a baixar no ano passado, com apenas 1,21 filhos por mulher. Nunca se tinha registado um número tão baixo em Portugal: em 2012 esse valor era de 1,28 e já era o mais baixo de toda a União Europeia.

O número de óbitos, por sua vez, caiu 1% face a 2012. Morreram 106,5 mil pessoas em Portugal no ano passado, menos do que em 2012, o que reflecte o aumento da esperança média de vida, que tem vindo a aumentar de ano para ano. No triénio 2011-2013, os homens viveram, em média, até aos 76,98 anos e as mulheres até aos 82,79 anos.

A descida da natalidade, o aumento da longevidade e o impacto da emigração contribuem para que Portugal se torne num país cada vez mais velho. Existem 136 idosos por cada 100 jovens no país, segundo os dados de 2013.

Atualmente, estima-se que existam 10,4 milhões de pessoas a viver em Portugal

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