É o primeiro primeiro-ministro português a visitar o Sri Lanka, mas Passos Coelho não vai conseguir estabelecer para já o acordo de cooperação previsto entre a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e a sua homóloga cingalesa. O chefe do Governo vai visitar neste território as missões humanitárias da AMI e vai ser acompanhado pelo próprio Fernando Nobre.

Segundo apurou o Observador, obstáculos de ordem “técnica” vão impossibilitar que este domingo se assine um memorando de entendimento entre a AICEP e o Sri Lanka. Este evento contava da agenda oficial do primeiro-ministro, mas já não se vai realizar. Os afazeres do primeiro-ministro ficam assim limitados a uma reunião com o seu homólogo, D. M. Jayaratne e à visita no país às missões da AMI que está no terreno desde o tsunami de 2003.

“Ficamos agradecidos que haja tempo para visitar um dos nossos projetos, já que atualmente somos a única instituição portuguesa a desenvolver projetos neste país, e isso desde há dez anos”, disse Fernando Nobre, presidente da AMI, com quem Passos Coelho vai visitar as associações ajudadas pela organização portuguesa. Fernando Nobre atribui a esta visita de Pedro Passos Coelho, “sobretudo, um enorme significado para Portugal”, que na sua opinião deveria estabelecer “relações mais aprofundadas” com o Sri Lanka. “Até agora, ouso dizer, eram inexistentes”, comentou.

Fernando Nobre foi candidato sem apoios partidários às presidenciais de 2011 e nas legislativas do mesmo ano encabeçou a lista do PSD no círculo de Lisboa, tendo renunciado ao mandato de deputado após falhar a eleição para presidente da Assembleia da República.

Pedro Passos Coelho vai visitar um orfanato da instituição Centro D. Bosco, que a AMI tem apoiado e no qual já investiu perto de 300 mil euros, situado em Beruwala, aproximadamente 70 km a sul da capital, Colombo.

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