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O impasse está a preocupar os socialistas e os parceiros governamentais do PSOE, ambos ainda a recuperar do choque

AFP via Getty Images

O impasse está a preocupar os socialistas e os parceiros governamentais do PSOE, ambos ainda a recuperar do choque

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A possível demissão de Sánchez. Revolta contra o "assédio da direita", "vitimismo" para cerrar fileiras ou salto para a Europa?

"Cansaço" após anos a liderar governo e a proteção da mulher, tática política ou sonho de ocupar o cargo de presidente do Conselho Europeu. O que terá levado Sánchez a ameaçar com a demissão?

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O futuro político de Espanha está em suspenso até segunda-feira. Até essa data, o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, não tem agenda política e está a “refletir” sobre a permanência no cargo, por causa das implicações do processo judicial em que está a envolvida a mulher, Begoña Gómez. Entretanto, os socialistas e os seus parceiros governamentais estão a fazer de tudo para convencer o secretário-geral a não se demitir, enquanto a direita olha com desconfiança para o que caracteriza como um “teatro” de um líder político que já habituou os espanhóis a tomar opções políticas surpreendentes e inusitadas.

A decisão de Pedro Sánchez, segundo disseram fontes do governo e socialistas ao jornal El Mundo, é estritamente “pessoal”, não fosse precisamente esse o âmbito que motivou a redação da “carta de cidadania”, publicada na passada quarta-feira nas redes sociais e em que o chefe do governo admitiu que se poderá demitir. Até ao momento, praticamente ninguém, à exceção da família, tem conhecimento do que o secretário-geral do Partido Socialista Obreiro Espanhol (PSOE) vai fazer na segunda-feira: “Pode ser tudo”.

As reações iniciais: a preocupação da esquerda, a descredibilização da direita e as manifestações a favor e contra

O impasse está a preocupar os socialistas e os parceiros governamentais do PSOE, ambos ainda a recuperar do choque. Isto porque, tal como revelou a imprensa espanhola, a publicação da “carta da cidadania” surgiu apenas por iniciativa de Pedro Sánchez, tendo avisado de antemão apenas o seu núcleo duro. O socialista até terá querido, segundo apurou o El Español, demitir-se já na quarta-feira, mas foi convencido pelos mais próximos a fazer um “período de reflexão”.

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Ainda assim, como conta o mesmo jornal, os mais pessimistas apontam que Pedro Sánchez se vai mesmo demitir e que apenas prolongou a decisão para, no recato, estudar a sua sucessão e não deixar o partido em cacos. Nesta equação, pode entrar uma variável: a ida do responsável político para Bruxelas, para chefiar o Conselho Europeu, superando nomes como o do ex-primeiro-ministro, António Costa.

Em contrapartida, os mais otimistas entre os socialistas consideram que é uma estratégia para tentar pôr fim ao que muitos dizem ser uma situação de lawfare — ou seja, em que a Justiça é utilizada para o combate político, de que, dizem os seus apoiantes, Pedro Sánchez está a ser alvo. Em cima da mesa, está igualmente uma moção de confiança que permita galvanizar a solução política assumida pelo socialista pelo menos desde 2020 — em que se uniu ao Unidas Podemos, partidos nacionalistas e independentistas.

Independentemente de qual seja a decisão do presidente do governo espanhol, a direita não poupa críticas à “telenovela” do socialista. “Aqui estamos todos, à espera de segunda-feira, para ver o último episódio desta telenovela que [Pedro Sánchez] cria e que também protagoniza”, ironizou a porta-voz do Partido Popular (PP), Cuca Gamarra. O presidente dos populares, Alberto Núñez Feijóo, falou mesmo numa “operação de sobrevivência política” para “mobilizar” os espanhóis “por compaixão, porque já não pode fazê-lo por gestão”. 

Esta quinta-feira, na rua Ferraz, onde se localiza a sede nacional dos socialistas espanhóis, 350 manifestaram-se contra uma possível demissão de Pedro Sánchez. “Pedro, aguenta” era um dos cartazes que mais se via. Simultaneamente, 150 pessoas protestaram contra o governo socialista, sendo um dos lemas “Sánchez para a prisão”. Esta foi uma pequena amostra do que será o fim de semana. Naquela zona da cidade, entre sábado e domingo, vários manifestantes vão sair às ruas, pedindo ao chefe do governo que se mantenha no cargo; paralelamente, para exigir a demissão, também haverá manifestações.

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A manifestação que pede que Sánchez fique na presidência do governo e os protestos que pedem a demissão do líder espanhol

LightRocket via Getty Images

A “carta da cidadania” de Sánchez: as críticas à mulher e o eventual fim de um ciclo político

Pedro Sánchez é presidente do governo espanhol desde 2018. O percurso político para chegar ao Palácio de La Moncla não foi fácil, envolvendo inicialmente uma moção de rejeição contra o seu antecessor, Mariano Rajoy. Depois, o socialista foi a votos em 2019, em abril e em novembro, vencendo as duas eleições. Da primeira vez, não saiu qualquer solução política; da segunda, o PSOE e Unidas Podemos chegaram a acordo para governar Espanha (com a abstenção do partido independentista Esquerda Republicana Catalã, ERC). Três anos depois, após uma derrota nas eleições regionais em maio, o chefe do governo espanhol convocou eleições antecipadas a 23 de julho. Os socialistas perdem-nas, mas conseguem formar uma megacoligação, desta vez dependendo não só da ERC, como do partido de Carles Puigdemont, Junts per Catalunya, e de outras formações políticas do País Basco, como os independentistas do Eh Bildu.

A maneira como conseguiu governar nos últimos anos, estabelecendo pactos e coligações improváveis, fizeram que Pedro Sánchez ganhasse a reputação de um político resiliente. Não é à toa que o socialista escreveu o livro a que lhe deu o nome Manual de Resistência. Neste momento, ainda assim, o chefe do governo espanhol está sob enorme pressão. Tem o processo judicial da mulher para lidar (e também outros dentro da bancada socialista no Congresso dos Deputados), uma lei da amnistia para aprovar de que depende o futuro político da megacoligação e tem de arbitrar divergências entre os parceiros governamentais.

Assim sendo, uma das hipóteses que o motivam a demitir-se (ou, pelo menos, a ponderar fazê-lo) é o cansaço que sente no desempenho das funções, sendo que o processo judicial da mulher terá sido a gota de água que fez transbordar o copo. “Estamos concentrados em fazer-lhe chegar energia positiva, para que se recupere deste cansaço que não é novo”, admitiu a vice-presidente do governo espanhol e ministra das Finanças, María Jesús Montero. Por sua vez, o filósofo Daniel Innerarity encontrou-se com Pedro Sánchez no mês passado, relatando que viu uma “pessoa vulnerável, abatida, que contrasta muito com a imagem de resiliente”.

"Estamos concentrados em fazer-lhe chegar energia positiva, para que se recupere deste cansaço que não é novo"
Vice-presidente do governo espanhol e ministra das Finanças, María Jesús Montero

Na carta de cidadania, Pedro Sánchez enfatizou que se esquece “muitas vezes” que “atrás dos políticos há pessoas”. E atacou, na senda do processo judicial aberto em nome da mulher, a “operação de assédio” para o destruírem politicamente, acusando o PP e o Vox de estarem por detrás desta estratégia. De acordo com o secretário-geral socialista, a direita não aceita os resultados eleitorais das últimas eleições e, como não possui meios legais para derrubar o governo, recorrem à justiça para que isso aconteça.

“Chegados a este ponto, a pergunta que legitimamente faço é: vale a pena tudo isto?”, questionou-se Pedro Sánchez, respondendo logo a seguir: “Sinceramente, não sei”. “Este ataque não tem precedentes, é tão grave que necessito parar e refletir com a minha mulher”, frisou. Como conta o El Mundo, o envolvimento de assuntos da mulher na vida política — e as possíveis consequências — tem incomodado o chefe do governo espanhol profundamente nos últimos meses. Em dezembro de 2023, desabafou na apresentação do seu segundo livro: “A vida de um companheiro de um político é muito difícil, porque acabam expostos a uma crítica política. Porque efetivamente existe uma finalidade política”.

Uma eventual saída do cargo poderia resguardar Begoña Gómez do escrutínio, afastando-a dos holofotes. “Sou um homem profundamente apaixonado pela minha mulher, que vive com a impotência do lodo que a colocam dia sim, dia sim”, escreveu o presidente do governo espanhol na carta. Juntamente com a complexa conjuntura interna e com o desgaste eleitoral do PSOE (que enfrenta eleições catalãs e europeias), a saída de cena do presidente do governo levaria inevitavelmente a um novo ciclo.

Pedro Sánchez e a mulher Begoña Gómez

Fernando Villar/EPA

O processo da mulher de Sánchez, que o MP já pediu para ser arquivado

A mulher de Pedro Sánchez mantém uma postura discreta, aparecendo raramente em público. Licenciada em Marketing, trabalhou durante anos na captação de fundos para organizações não governamentais. Ora, a associação e o sindicato de funcionários públicos Manos Limpias (ligado à extrema-direita) pede uma investigação a Begoña Gómez, por conta das suas alegadas ligações a algumas empresas privadas, como a companhia aérea Air Europa, que receberam apoios estatais durante a pandemia ou assinaram contratos com o Estado, quando o marido já chefiava o governo.

O juiz 41 do tribunal de instrução criminal de Madrid, Juan Carlos Peinado, deu provimento à queixa da associação e decidiu abrir, esta quarta-feira, um inquérito preliminar por suspeitas de corrupção e tráfico de influências, investigando a alegadas ligações de Begoña Gómez a essas empresas privadas. Nesse dia, numa sessão do Congresso dos Deputados, Pedro Sánchez prometera “respeitar a Justiça”, mas não deixava de mostrar o seu incómodo com a situação.

Baseado em alguns recortes de jornais (alguns que o próprio sindicato admitem ser falsos), a associação insiste que o caso tem de ser investigado. No entanto, entretanto o Ministério Público pediu o arquivamento do inquérito. Segundo o El País, os procuradores não veem indícios que apontem para os alegados crimes de tráfico de influências e corrupção imputados a Begoña Gómez. A decisão está agora nas mãos do tribunal de instrução de Madrid que decide se arquiva ou não o processo. Ainda assim, tendo em conta a decisão do MP, o arquivamento parece ser a hipótese mais provável. 

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Begoña Gómez é alvo de um inquérito por suspeitas de tráfico de influências e corrupção

WireImage

Esta sexta-feira, mais duas associações — umas delas a católica Hazte Oír — apresentaram igualmente uma queixa ao juiz Juan Carlos Peinado, revelando faturas que dizem que comprovam a intermediação de Begoña Gómez entre empresas privadas e o Estado. A denúncia, assegura o grupo católico próximo da extrema-direita, está fundamentada em “factos e informações de maneira cronológica e rigorosa”.

Em resposta apenas à queixa da Manos Limpias, Pedro Sánchez deixou duras críticas não só àquele sindicato, como também aos órgãos de comunicação sociais cujos artigos as associações se basearam para apresentarem as denúncias. “Parece que o juiz chamará a testemunhar os responsáveis de dois meios digitais que têm publicado sobre o assunto. Na minha opinião, são dois meios de orientação de direita e de extrema-direita. Como é lógico, a Begoña defenderá a sua honra e colaborará com a Justiça para esclarecer uns factos tão escandalosos, como inexistentes”, garantiu o governante socialista.

Apontando o dedo aos partidos de direita e alguns órgãos de comunicação sociais, Pedro Sánchez acusa-os de publicar “falsidades”: “Esta estratégia de assédio tem-se perpetuado durante meses”. No entender do socialista, Alberto Núñez Feijóo, e o presidente do VOX, Santiago Abascal, colaboram ativamente com esta “galáxia digital de extrema-direita” para o prejudicar.

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Pedro Sánchez fala numa "galáxia digital de extrema-direita" que o prejudica

Europa Press via Getty Images

Em resposta, Alberto Núñez Feijóo rejeitou quaisquer responsabilidades e sugeriu que Pedro Sánchez poderá estar a “intimidar juízes e jornalistas” com a publicação da carta e a ameaça de demissão. Ironizando com o facto de o socialista atribuir culpas “à malvada direita e à extrema-direita”, o líder do PP acusou o socialista de ser já o “porta-voz do lobby do lawfare”. 

Mais cristalina foi ainda a posição Isabel Díaz Ayuso, presidente da comunidade de Madrid. “Sabem o que se está a passar? Sánchez está isolar-se durante cinco dias para ver como [pode] triturar os juízes, a oposição e a imprensa independente”. A responsável do PP atacou ainda Pedro Sánchez por este tentar criar uma “suposta conspiração” para tirar legitimidade aos “juízes”. A carta é, no entender da popular, “infame” e trata-se um de um ato de “chantagem emocional”.

Uma ameaça que paira no ar que pode ser uma tática política e judicial

Para além de a oposição acusar Pedro Sánchez de estar a intimidar a Justiça, o PP e o VOX levantavam a possibilidade de esta ser uma estratégia política para levar o PSOE à vitória nas eleições catalãs e europeias. “Já é presidente há vários anos e o senhor Sánchez ainda não entendeu que a instituição mais importante do país são os cidadãos. Disse que vai levar cinco dias para pensar em si mesmo. Na minha opinião, já há cinco anos faz precisamente isso: pensar em si mesmo”.  

"Já é presidente há vários anos e o senhor Sánchez ainda não entendeu que a instituição mais importante do país são os cidadãos. Disse que vai levar cinco dias para pensar em si mesmo. Na minha opinião, já há cinco anos faz precisamente isso: pensar em si mesmo"
Alberto Núñez Feijóo, presidente do Partido Popular

Vendo a onda de apoio dos socialistas e da esquerda em geral, Pedro Sánchez pode aproveitar esta tática para ver se consegue diminuir a intensidade “da política de assédio” contra o seu nome. Além disso, pode ter a intenção de cerrar fileiras. Não no PSOE, em que a oposição interna continua a ser débil, mas entre os parceiros governamentais, como analisa o El Español. Com a demissão e a convocação de novas eleições no ar, a maioria de esquerda e de independentistas está a concluir que o socialista é o único consegue governar Espanha — e não existe nenhum sucessor com as mesmas capacidades.

Todos os partidos da megacoligação — Sumar, Partido Nacionalista Basco, Esquerda Republicana Catalã, Unidas Podemos, Eh Bildu — apelaram a que Pedro Sánchez permaneça no cargo e criticaram as queixas dos grupos conotados com a extrema-direita. A única exceção foi Carles Puigdemont. O líder do Junts escreveu no X (antigo Twitter) que desconhece “quais são as razões profundas que levam Pedro Sánchez a abrir um período de reflexão sobre se vale a pena continuar ou não”, mas refere que o socialista “costuma fazer movimentos táticos que ninguém espera”.

“É uma decisão pouco habitual de um dirigente político com a sua experiência”, assinalou Carles Puigdemont, lembrando a sua “capacidade de resiliência”. Ressalvando que compreende se for uma decisão pessoal, o líder do Junts é o único dos seus parceiros que coloca em causa as autênticas razões que levaram Pedro Sánchez a demitir-se. E tem razões para isso.

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"É uma decisão pouco habitual de um dirigente político com a sua experiência"
Carles Puigdemont, líder do Junts per Catalunya

Marcadas para o próximo dia 12 de maio, as eleições regionais catalãs são uma prova de fogo quer para Pedro Sánchez, quer para Carles Puigdemont. Se o Partido Socialista da Catalunha (PSC) vencer, o presidente do governo obtém uma vitória política e vê a lei da amnistia de certo modo validada nas urnas. Em sentido inverso, o Junts também procura vencer o ato eleitoral para aumentar a pressão sob o governo central e poder avançar, num futuro breve, com um referendo de autodeterminação.

Mesmo que até fique com a imagem debilitado por poder dar o dito pelo não dito, Pedro Sánchez poderá estar ciente desta movimentação de Carles Puigdemont e querer bloquear a sua estratégia. A ameaça da demissão poderá, assim, mobilizar o eleitorado catalão com outra vantagem: o assunto da amnistia fica temporariamente esquecido. O tema que canibaliza atenções durante a campanha na Catalunha, que começou nos últimos dias, torna-se o futuro político do chefe do governo. Mais à frente, esta estratégia também poderá beneficiar os socialistas nas eleições europeias.

Um “salto” para a Europa?

Assim que a carta de cidadania foi publicada, começou a especulação: será que Pedro Sánchez quer assumir um alto cargo na Europa, principalmente tornar-se o líder do Conselho Europeu? Após as eleições europeias ainda não é claro quem vai ocupar o lugar, mas deverá ser alguém da família dos socialistas. António Costa é um dos nomes na calha, mas a Operação Influencer pode complicar as chances do ex-primeiro-ministro. Nos corredores de Bruxelas, surge igualmente o nome da primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, mas as medidas ligadas às migrações adotadas pelo executivo nórdico desagradam muitos membros da sua família política.

Spain's Prime Minister Pedro Sanchez (R) and Portugal's Prime Minister Antonio Costa (L) upon arrival for the XXXIII Portuguese-Spanish Summit at the International Iberian Nanotechnology Center (INL) in Braga, Portugal, 05 November 2022. HUGO DELGADO/LUSA

António Costa e Pedro Sánchez podem ser dois candidatos a ocupar o cargo de presidente do Conselho Europeu

HUGO DELGADO/LUSA

Pedro Sánchez poderia ser uma espécie de joker dos socialistas europeus. Como escreve o Politico, o chefe do governo espanhol pode não ser muito popular em Madrid, mas é respeitado em Bruxelas. Algumas fontes comunitárias elogiaram, ao jornal 20 minutos, o perfil do presidente do governo espanhol: “Sánchez é jovem, já é algum tempo presidente, tem experiência e na União Europeia liderou debates muito importantes como o energético ou o dos fundos de recuperação. Além disso, sempre viu Bruxelas como um salto importante”.

Não obstante, alguns os socialistas desconfiam de Pedro Sánchez. Essa desconfiança também se estende a vários dirigentes europeus. Um deles contou ao Politico que o espanhol não tem boa reputação “em alguns Estados-membros”. Um dos motivos? O empenho do socialista em que vários países reconheçam unilateralmente o Estado da Palestina, o que pode afastar alguns aliados próximos de Israel.

O futuro de Pedro Sánchez está em aberto e caberá ao próprio tomar uma decisão que, independentemente de qual seja, vai abalar a política espanhola. Seja por cansaço ou para dar um salto para a Europa, o presidente do governo espanhol pode querer encerrar o seu ciclo político em Madrid, tendo esta jornada de reflexão servido para pensar no futuro do PSOE. Caso decida ficar, o líder socialista vai enfrentar críticas mais duras da oposição, acusando-o de “tacitismo” e de colocar os seus interesses acima dos de Espanha.

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