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A última passagem de Offspring em Portugal tinha sido em 2019, no festival Vilar de Mouros, em Caminha
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A última passagem de Offspring em Portugal tinha sido em 2019, no festival Vilar de Mouros, em Caminha

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

A última passagem de Offspring em Portugal tinha sido em 2019, no festival Vilar de Mouros, em Caminha

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

A vitória nostálgica dos Offspring e Róisín Murphy como diva fatal: foi deles o primeiro dia de SBSR

A enchente para ver a banda californiana marcou o arranque do Super Bock Super Rock (que revelou detalhes a corrigir), atrasando o concerto de Róisín Murphy em uma hora, mas sem lhe tirar delírio.

É certo que eram cabeça de cartaz, mas esperava-se que o horário nobre do primeiro dia de Super Bock Super Rock, este ano de volta ao Meco, Sesimbra, fosse dividido entre o punk dos The Offspring e a pop elegante e sedutora de Róisín Murphy.

Qual quê. Quando o relógio marcava 22h45, hora de ambos os concertos (com palcos não tão distantes que faziam antever sobreposição sonora), poucos estavam à espera da cantora irlandesa, antiga vocalista dos Moloko e agora com uma carreira a solo. Já diante do palco Super Bock acumulavam-se fãs prontos para escutar “Pretty Fly (For a White Guy)” ou “Self Esteem”.

Foi com “Come Out and Play”, do álbum Smash, editado em 1994, que a banda formada dez anos antes na Califórnia, EUA, deu mote ao parque de diversões em que se tornou a Herdade Cabeço da Flauta durante pouco mais de uma hora. Chegaram ao Meco com uma carreira de quase 40 anos, mas os cabelos espetados, os mosh pits e o ritmo alucinado com que os Offspring entregam uma faixa atrás da outra mantêm-se.

“Estão a sentir o amor que vem do público? É o amor de Portugal de que temos saudades”, disse a dupla que resta da formação original da banda — o líder Dexter Holland e o guitarrista Noodles. O último concerto por terras portuguesas foi em agosto de 2019, no festival de Vilar de Mouros, e não se cansaram de frisar quão felizes estavam por estar de volta.

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Mosh pits, crowdsurfing e muito boa disposição californiana no concerto de Offspring

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

Faladores por vezes além do desejável, as interações com o público foram, apesar de tudo, balões de oxigénio para quem se entregava com paixão (leia-se também “resistência física”) a cada canção: ora no delírio coletivo em “Staring at the sun”, do popular álbum Americana (1998) ora nas degustações curtas de versões de “Iron Man”, dos Black Sabbath, ou “Sweet Child o’ Mine”, dos Guns N’ Roses, que alinhamentos de concertos recentes já faziam antever, mas nem por isso deixaram de entusiasmar a turma que, qual classe atenta, sabia a letra e matéria de cor. Houve ainda tempo para uma versão de “Blitzkrieg Bop”, clássico dos Ramones editado em 1976.

Não foi preciso em momento algum ouvir um “toca aquela”, porque o grupo fez questão de satisfazer os que escolheram estar ali em detrimento de qualquer outro ponto do recinto do festival. Os ecrãs com imagens aéreas não deixavam mentir: todo o público do Super Bock Super Rock neste primeiro dia estava rendido à boa disposição californiana, salivando por temas como “Gotta Get Away”, “Why Don’t You Get A Job”, “Cant Get my Head Around you”. E, verdade seja dita, quem enfrentou horas de trânsito até ao Meco não foi para ouvir as canções de Let the Bad Times Roll, álbum que o coletivo editou há dois anos.

Uma hora adentro, após uma explosiva “Pretty Fly (For a White Guy)”, com direito a dois bonecos insufláveis, a que se seguiu um poderoso coro para entoar “The Kids Aren’t Alright”, arrancou finalmente Róisín no palco secundário.

Para o encore, os The Offspring elegeram “You’re Gonna Go Far, Kid” e, para o fim, a apoteótica “Self Esteem”. “É a melhor noite de rock and roll de sempre”, resumiram.

No Meco, Offspring deram um concerto de mais de uma hora, com direito aos maiores êxitos da banda

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

2023, odisseia no festival

Entrar no recinto do Super Bock Super Rock foi o mais próximo que estivemos de descobrir uma máquina do tempo. Uma vez atravessado o pórtico, estávamos oficialmente nos anos 90. Isso foi desconcertantemente bom e mau: bom no sentido de uma certa pureza festivaleira, em que um par (neste caso, dois pares) de estrados bastam para levantar os palcos, umas bancas de comida espalhadas sem grande planeamento saciam os estômagos e uma boa moshalhada, com cerveja a voar sob o impiedoso sol de julho, é tudo o que os corpos precisam para celebrar a vida, o verão e a eterna juventude. Tudo isto num recinto de dimensão média, rodeado por pinheiros mansos, que não se estende em hectares desnecessários de subpalcos e não nos obriga a fazer quilómetros de concerto para concerto. “Há um certo charme neste festival”, comentava uma pessoa no público, já ia longa a noite, “mas quem aqui vem sabe que há sempre qualquer coisa que vai correr mal”.

Começou a correr mal nas casas de banho: insuficientes para a dimensão do recinto, às 19h30 já muitas nem sequer tinham papel higiénico. Era o salve-se quem puder e, ainda nem The Offspring tinham começado, já valia urinar contra os muros. Enquanto isso, na página oficial do Instagram do festival, levantava-se outra indignação: “E que tal ter noção e arranjar casas de banho que tenham sítios para descartar os pensos higiénicos?” O facto de este tema ser uma questão em 2023 é dececionante e, acima de tudo, humilhante.

Punk, hip hop, romance e pistas de dança: 22 concertos para ver no Super Bock Super Rock

Não deixa de ser surpreendente que um festival que já existe há 27 edições apresente este tipo de desleixos, mais próprios de amadores do que de quem está na área há mais de três décadas. Juntando a isso o facto de algumas ações anunciadas não terem sido concretizadas – alguém viu o balão de ar quente que iria sobrevoar o recinto para o público ter uma vista panorâmica do festival? (o balão acabou por subir, mas mais tarde do que a hora inicialmente comunicada) – e os atrasos nas atuações, devido a um mau planeamento dos horários (não é a primeira nem a segunda vez que isto acontece no Super Bock Super Rock) e a nossa incredulidade não parava de escalar. Quantos erros serão precisos cometer para se fazerem as coisas com seriedade? Apetece dizer, haja noção.

Algo desconcertados, fizemo-nos a caminho de Róisín Murphy, que subiu a palco às 23h40, ainda os The Offspring cantavam “Pretty fly (for a white guy)”. Ainda bem que os dois concertos não se deram em simultâneo: esta breve sobreposição foi demonstração suficiente da cacofonia que se iria instalar na Herdade do Cabeço da Flauta se os horários não tivessem sido mexidos (será que a organização já percebeu que no último dia há um problema idêntico, com Steve Lacy e Chico da Tina?).

Depois de ter dado um concerto explosivo na edição de estreia do MEO Kalorama, há um ano, a irlandesa tornou a Portugal

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

Alheia a tudo isto, Róisín Murphy entrou fatal, alienígena, diva dos pés à cabeça, envergando um chapéu cónico azulão, um vestido azul turquesa que nem o glossário das maiores semanas de moda saberia classificar, olhando o público nos olhos através de uma câmara de mão que tinha apontada à sua cara. “Eu na verdade, posso fazer tudo o que me apetecer…desde que o faça muito bem”, disse dias antes em entrevista ao Público, provando isso mesmo em palco.

Ao segundo tema, puxou de Moloko – “The Time is Now” – para depois se agarrar a um boneco insuflável e cantar “Overpowered”, do álbum homónimo de 2007. À medida que se sucediam os temas, também se sucediam os outfits, guarda-roupa de filme de ficção científica vestindo uma estrela da música que se afirma cada vez mais como extraplanetária.

A hora de Hit Parade, o seu sexto álbum anunciado para setembro, com produção do alemão Dj Koze, chegou com o single “CooCool”, que lhe valeu uma grinalda de penas cor de rosa na cabeça e uma batida funky que faria Curtis Mayfield gingar na tumba. Seguiu-se “The Universe”, com ela a remar o seu próprio barco feito de formas humanoides (cortesia da artista canadiana Beth Frey, autora de todos os retratos de “Hit Parade”) e “Something More”, já com o público a entregar-se por completo a Rósín Murphy, o mais próximo que uma figura da pop atual está da iconofilia.

Até ao final do espetáculo ainda tivemos tempo para “Sing it Back” – e novamente a nostalgia dos Moloko, com Murphy a vestir um fole roxo e verde florescente, qual enfeite de uma festa épica que ela própria organizara segundo as suas leis da disco, da house, da pop, do funk e do inclassificável; e a insólita “Ramalama (Bang Bang)”, que se tornou inesperadamente um sucesso do mainstream, a fechar o menu de um espetáculo delirante em toda a linha.

Que nos perdoe Josh Tillman, mas com a energia eletrizante de Róisín Murphy, não tivemos como chegar a horas ao seu concerto. Quando nos aproximámos do Palco Pull & Bear, com os seus carrinhos de choque kitsch na lateral da plateia, já Father John Misty ia a meio de “The Next 20th Century”, tema que serviu para introduzir o seu último álbum de estúdio, Chloë and the Next 20th Century. Dele não se ouviu mais nenhuma faixa. O cantor e compositor norte-americano parecia mais interessando em passear-se por sonoridades de antanho, ainda que sem grande entusiasmo até praticamente atingirmos a reta final do concerto.

A certo ponto, tal era o tom morno com que se sucediam (competente, mas incipientemente) os temas, que Tillman nos lembrou um indiferente Bill Murray a fazer anúncios ao whisky Suntory’s Hibiki 17 em “Lost in Translation” (2003). Até que depois de “Chateau Lobby #4 (in C for Two Virgins)”, se deu o plot point da ação: “Are you having a wonderful time?”, perguntou, e o público, embalado pela degustação de êxitos atrás de êxitos, fez-se vivaço, já eram 1h30 da manhã. Father John Misty também acordou e eis que – aleluia – puxou do seu tão peculiar sarcasmo para constatar que, tratando-se de Portugal, ainda haveria mais cinco concertos para ver nessa noite.

E com esta tirada, mandou-se para “Total Entertainment Forever” e “Date Night”, já o corpo rodopiava com elegância e vontade, à semelhança do que nos habituámos a ver em atuações passadas. Father John Misty fecharia com “I Love You, Honeybear”, para os resistentes da noite (alguns abandonaram o recinto à 1h) entoarem cada verso a plenos pulmões, e com “The Ideal Husband”, já colado às grades e a agradecer o prazer de ter ali estado a tocar para nós. “Foi curto, mas voltarei em breve”. Esperamos que sim e da próxima vez, de preferência, que o faça com vigor, do primeiro ao último tema.

Father John Misty começou o concerto no SBSR 40 minutos após o previsto

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

Punk e indie revivalista e o Zeitgeist do Homem Tigre

Tara Perdida foi o aperitivo nacional para os fãs de punk, com o mérito de conseguir amealhar os poucos que se encontravam no recinto ainda durante a tarde. “Eu não sou de ninguém”, gritavam os primeiros que arriscaram agitar o corpo e dar azo ao primeiro batismo de pó deste SBSR. “Há 28 anos a acreditar”, lembrou o guitarrista Ruka, que ocupou o lugar da voz no grupo depois da morte prematura de João Ribas, que foi homenageado no concerto. A banda portuguesa que inaugurou o Palco LG by SBSR.fm manteve o público atento com temas do saudoso Lambe-Botas, disco de 2005, e a orelhuda “Batata Frita”, que conseguiu pôr os presentes a entoar “Batata frita pala pala/ é um tara de sabor” como se fosse 1996, data em que a música foi lançada. “Esperem cenas novas. Não sei quando, mas vai aparecer”, prometeram.

The Legendary Tigerman foi o senhor que se seguiu. Entrou às 19h em ponto, tão pontual que apanhou os microfones desprevenidos, ainda a dormir ao sol. Alguém os acordou no momento em que Paulo Furtado introduzia Sarah Rebecca, a primeira convidada de um concerto anunciado como especial. Nada mais, nada menos do que o primeiro em que iríamos ouvir “Zeitgeist”, o próximo álbum de Tigerman, resultante de uma residência de 3 meses em Paris, precisamente de onde veio Sarah para cantar “I feel the fire burning inside of me”.

O concerto começou “devagarinho”, com o público de Tara Perdida a ir chegando aos poucos para compor a plateia. Ao segundo tema, Furtado chamou pela “gente do norte” — uns quantos puseram a mão no ar — e por Catarina Salinas e Ed Rocha, dos Best Youth, parceiros de “New Love”. Cate ficou em palco para mais um tema novo, tensão sexual em cada verso e nas línguas enroladas que iam passando nos ecrãs atrás do palco e que nos atiraram imediatamente para um quarto de pensão boémia de Montmartre.

O desfile de convidados de Paulo Furtado (Legendary Tigerman) incluiu Delila Paz, dos Last Internationale

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

Seguiu-se Delila Paz, dos Last Internationale, para “One More Time” e a este ponto já estávamos em condições de tirar uma primeira conclusão de Zeitgeist: o disco será uma espécie de segundo capítulo de Femina (2009), com Tigerman a rodear-se de vozes e presença femininas poderosas, que estão tão à vontade a sussurrar como a rugir. É também o reflexo de um homem-tigre mais íntimo, entregue aos sintetizadores modulares e deixando um pouco de lado o rasgar delirante da guitarra.

O desfile de convidados continuou com Sean Riley e Ray, irmãos de “Bright Lights”. “Quem tem família tem tudo”, diz um Paulo Furtado que nos pareceu tranquilamente emocionado do início ao fim, partilhando sem urgência o seu mundo novo com os fãs. Mesmo quando teve que “encher chouriços” com conversa fiada, porque algo se passava com a bateria, não o vimos inquieto ou a desatinar – logo ele, que tem um histórico a mandar vir com microfones ou problemas de som durante os espetáculos. Mas hoje, Furtado estava completamente zen.

Talvez tenhamos exagerado no “completamente”. Quando foi preciso chamar por malhas antigas, ele assanhou-se na guitarra de “Fix of rock’n’roll”. Ao lado, João Cabrita debruçava-se insubordinado sobre o saxofone, que é como ele se sabe debruçar, e assim continuou para “Motorcycle Boy”. Agora reinavam os rapazes em palco, o público abanava os cabelos e Sarah Rebecca voltava a cena para fazer de Lisa Kekaula, com quem Tigerman gravou “The Saddest Thing to Say”. Feminina continuaria a despejar a sua sensualidade, desta feita com “These Boots Are Made For Walking”, Maria de Medeiros nas projeções dos ecrãs, Catarina Salinas a dar voz ao tema original de Nancy Sinatra.

Tigerman tinha mais uma música para nós, dissera-nos, e mais uma convidada também: Anna Prior, dos Metronomy. “Losers” foi cantada em dueto, já Paulo Furtado se tinha despido da guitarra. No final, atirou o microfone ao ar e foi-se embora, deixando público e banda em suspenso. “Já acabou?”, ouvia-se, a medo. “Parece que não”, ressurgiu Furtado e, sem perder tempo, esguichou todo o sangue, suor e lágrimas de “21st Century Rock’N’Roll”.

Quando a guitarra guinchou mais alto, foi quando o tigre se mostrou realmente lendário, berrando “rock n roll” com as veias do pescoço a explodir, junto às grades. Fora isso, foi um bom concerto, mas talvez sejam precisos mais dias na estrada para a fórmula se consolidar em definitivo. Ainda assim, ficámos com água na boca para receber este Zeitgeist, disco que nos chegará às mãos a 8 de setembro.

Alex Kapranos empoleirava-se sobre os amplificadores, saudava o público em português, dava saltinhos em palco. “It's easy now", cantava

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

Horas depois, de camisa às bolinhas e sorriso no rosto, Alex Kapranos empoleirava-se sobre os amplificadores, saudava o público em português, dava saltinhos em palco. “It’s easy now”, como canta em ‘The Dark of the Matinée’, que apropriadamente abriu o concerto dos Franz Ferdinand. A matiné dançante com que os escoceses brindaram o público português foi rendilhada a sucessos das últimas duas décadas, com particular incidência nos dois primeiros álbuns.

Revisitaram “Michael”, “Darts of Pleasure” ou “No You Girls”, mas foi nos primeiros segundos de “Take Me Out” que os telemóveis sairam da toca. Não há registo de discos pedidos, mas o single lançado em 2004, um dos grandes sucessos da banda e eternizado no jogo Fifa 2008, continua a ser dos momentos mais aguardados. O público dançou até mais não, mas foi quando o rosto ficou tingido pelo reflexo dos ecrãs vermelhos que a coisa aqueceu. “This is fire”, escutou-se, por fim.

A festa no Meco continua esta sexta-feira com The 1975, Wu-Tang Clan, Caroline Polachek e Charlotte de Witte.

Correção: artigo atualizado às 17h35 de dia 14 de julho, sexta-feira, esclarecendo que o balão de ar quente subiu durante o festival.

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