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Quando em 1976 António Barreto se sentou pela primeira vez à mesa de um Conselho de Ministros tinha apenas 32 anos. Nesse governo, o primeiro constitucional depois da revolução, havia mais dois ministros mais ou menos da mesma idade. Hoje com 77 anos, na altura em que acaba de editar “Três retratos: Salazar, Cunhal, Soares”, olha inquieto para a ausência de representantes da “geração mais qualificada de sempre” não só do palco da política, mas de quase todas as primeiras linhas da vida empresarial, académica, até cultural.
Numa conversa que começou por interrogar as responsabilidades dos três políticos que mais marcaram o nosso século XX no inescapável “atraso português”, falámos da pandemia e do medo, dos erros da gestão política e dos limites da ciência, das vantagens do conflito e da discussão entre partidos mas da necessidade de existirem grandes acordos. Falámos sobre o que aproximava Salazar e Cunhal, tal como sobre o que distinguia Soares, mas também não esquecemos nem a singularidade do culto que ainda rodeia o antigo líder comunista nem o porquê da longevidade do professor de Direito nascido em Santa Comba Dão.
Nesta viagem que termina no Portugal de hoje falámos também das próximas Presidenciais, e de como mesmo este potencial eleitor de Marcelo Rebelo de Sousa gostava que ele tivesse de enfrentar um bom candidato à sua esquerda.
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