“Tji”, como é conhecido Tiago Pereira, entrou na Twitch em 2013. Estava numa aula de Comunicação Digital quando descobriu o site através de um amigo e bastou um “olha aqui, olha ali”, com a professora a tentar dar a aula, para Tiago já nem sequer prestar atenção. Foi um golpe de sorte. “Lembro-me de ter achado que seria interessante explorar o modelo de live streams [emissões em direto] de videojogos, já que os jogava desde criança e gostava de comunicar”, conta ao Observador.

Estava prestes a entrar na faculdade, mas aquele era o melhor dos dois mundos. Licenciou-se em Comunicação Social, na Universidade Católica de Lisboa, e chegou a pensar que um dia iria ter um “trabalho normal”, conta. A ideia, contudo, ficou na gaveta. Além de ser youtuber, aos 27 anos, Tiago Pereira é também streamer: ganha a vida a produzir conteúdos para transmitir em direto na Twitch. Tem 114.625 seguidores na plataforma em que está desde 2017 a tempo inteiro e faz desta a sua “maior fonte de rendimento”.

A fazer exatamente o quê? Atualmente, Tiago joga videojogos ao vivo — em direto para quem o quiser ver — de tudo um pouco: “Pokémon”, “Red Dead Redemption”, “Apex Legends”, “Among Us”, entre outros. Mas também faz reacts (reações) a tantos outros conteúdos, que podem ir de vídeos de humoristas a comentários a um debate presidencial, como o que houve entre candidatos como Marcelo Rebelo de Sousa e André Ventura. Isso também aconteceu. Faz dois vídeos em direto (lives) por dia, sete horas ao todo.

Afinal, o futuro de Tiago passava mesmo por comunicar, mas atrás de um ecrã, sentado numa cadeira de gamer (alguém que joga videojogos), com um microfone. Talvez um dia, tal como contou na sua conta oficial de Twitter, venha a falar com a professora de Matemática que teve no Ensino Secundário, que lhe disse, numa aula, que se deveria ter ficado pelo Ensino Básico.

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Se algo de errado se passar com a própria Twitch, no que diz respeito às regras de utilização e termos de serviço, Tiago Pereira reage da mesma maneira: através de vídeos que chegam a milhares de pessoas. “Há áreas cinzentas que muitas vezes não são aplicadas de forma justa aos utilizadores”, explica ao Observador. Basta saltar para o canal oficial que também tem no YouTube e ver o vídeo “A Twitch tem de parar isto”, em que fala de vídeos onde aparecem mulheres streamers a fazer diretos em biquíni, numa piscina ou num jacuzzi, contornando uma suposta regra da plataforma — a de que não pode haver nudez ou nudez parcial na plataforma.

Mas vamos por partes. Que plataforma é esta? Porque teve um crescimento tão acelerado desde que foi lançada, em 2011, e teve um aumento de audiência — e de streamers — ainda maior durante a pandemia da Covid-19? O que leva pessoas comuns a ficar horas e horas a fio a olhar para outro ser humano “a fazer coisas”? E porque é que há elementos da extrema-direita norte-americana a migrar de plataformas como o Facebook e o Twitter para a Twitch? Será que o fenómeno vai chegar a Portugal? Não será bem assim, mas também não é por isso que a plataforma está livre de ter problemas.

Um Big Brother que conquistou Portugal

Na viragem para o século XXI, a televisão portuguesa foi palco de um dos maiores fenómenos televisivos, e sociais, de que há memória: o Big Brother, um reality show onde acompanhávamos o dia a dia de pessoas comuns. As suas discussões, amores, desamores, rotinas. Tudo. Eram 24 horas por dia, mediadas por Teresa Guilherme. Zé Maria seria o seu primeiro vencedor. No fim, desaparecia dos palcos mediáticos.

Onze anos depois, do outro lado do Atlântico, Justin Kan teria uma ideia parecida. Aquilo que seria a Twitch começou por ser a justin.tv, uma startup fundada em 2005, quando Kan estava a estudar Física e Psicologia na Universidade de Yale: um site ao estilo “Big Brother”, onde Kan e a sua equipa transmitiam em direto as suas vidas. Tal como conta o Business Insider, em 2014, no início, ninguém gostou muito da ideia. Mas, de repente, todos queriam fazer o mesmo. O projeto chamou mais gente — incluindo quem gostava de pregar partidas como falsear tiroteios ou um esfaqueamento. Sim, aconteceu. A polícia chegou a entrar pela casa da justin.tv adentro a achar que estava a intervir num crime. Vivia-se uma época em que o streaming era um mundo novo, que precisava de ferramentas e, sobretudo, de regulação.

Saltemos para 2011, quando a justin.tv passa a ser a Twitch. Foi hora de dizer “adeus” aos diretos sobre a vida banal e de dizer “olá” aos live streams de videojogos. Três anos depois, a Amazon comprava a plataforma por cerca de 900 milhões de euros. Com mais publicidade, havia mais marcas a entrar — com nomes como Red Bull, Doritos, Burguer King ou KFC — e o negócio estava a crescer. Não tardariam a chegar as parcerias com empresas como a Riot Games — que detém videojogos como o “League of Legends” –, ou a Rockstar, criadora do “Grand Theft Auto”, que elevaram a experiência da Twitch a um outro nível.

Em 2014, a indústria dos videojogos, que ainda hoje é a nata da nata para a Twitch, crescia a passos largos. Mais de 55 milhões de pessoas viam diretos de jogos por mês, o que permitia a alguns streamers fazer até 300 mil dólares por ano. Segundo o Business Insider, 58% dos utilizadores passavam mais de 20 horas por semana só a ver vídeos na Twitch. E há muito que os vídeos tinham extrapolado o mundo dos videojogos. Não deixa de ter graça que o seu criador, no mesmo artigo da Business Insider, tenha considerado a justin.tv “uma ideia terrível”.

Em 2019, o fenómeno não esmorecia. Segundo o jornal The Guardian, os números continuavam impressionantes: 500 mil streamers todos os dias com um milhão de utilizadores a verem o seu conteúdo pelo menos uma vez por semana. Havia quem visse (e veja) de borla, quem fizesse doações diretamente para a conta de PayPal (só a partir de 2012 é que isto foi possível) ou quem fizesse a sua subscrição por um determinado valor. O pagamento por parte da plataforma aos streamers é geralmente feito em parcelas de, no mínimo, 100 euros. Mas porque é que alguém doa dinheiro só porque sim?

Fazer dinheiro em direto em troca de nada

“É estranho, mas é dos melhores fenómenos da Twitch”. João Neves (que está na plataforma com o nome “Anónimo”) é um streamer de 25 anos que migrou dos palcos de stand up comedy para a Twitch no último ano, quando as salas de espetáculo fecharam devido à pandemia. Começou naquela rede social em dezembro de 2019. Queria conhecer outras comunidades, com um foco no chat e não propriamente nos jogos, e foi assim que foi parar ali. Tem dois mil seguidores. Reconhece que é uma boa plataforma, apesar de sentir que há um certo ambiente tóxico — o que, para redes sociais, não é novidade. Só há uma diferença: quem está na Twitch pela primeira vez pode nunca ter tido a oportunidade de falar para as massas. Fama imediata, portanto.

João Neves faz um direto por dia durante cerca de três horas. Há quem tenha dado 50 euros e nunca mais o tenha feito. Há quem dê um euro todas as semanas. Revela ao Observador que “em média, um streamer demora um ano a conseguir o primeiro pagamento da Twitch”. João conseguiu em seis meses. Não há grande explicação prática para isto, talvez a atenção instantânea de quem se está a seguir, os tais minutos de fama.

Mas o dinheiro pode demorar a chegar. “A questão financeira tem muito que se lhe diga, é das coisas mais misteriosas da Twitch. Desde as razões para te doarem até ao fenómeno de se achar que ganhamos muito dinheiro, criando a ideia de que é fácil fazê-lo a streamar. É um processo de altos e baixos. Passas semanas sem receber um cêntimo e num direto fazes 30 euros“, conta o humorista.

É, então, uma espécie de lotaria que exige persistência para fidelizar o público. Para o utilizador, é como subscrever a Netflix, com um cardápio recheado de séries e filmes diferentes, mas aqui o protagonista é sempre o mesmo, ainda que o menu seja cada vez mais extenso e variado. Jogar póquer, discutir cinema, música, ver homens e mulheres a matarem monstros, a tentar apanhar pókemons, a curtir uma festa ou a partilhar coisas banais sobre a vida, que acabam, aqui e ali, em relações românticas. É escolher do mais bizarro ao mais simples e, se quiser, ainda é possível comentar. Para o criador de conteúdo, a câmara só pára de filmar quando assim decidir. Mas, depois, qualquer utilizador pode interagir com o ídolo.

Vamos a números em Portugal. A RTP Arena [plataforma online dedicada à transmissão e divulgação de campeonatos nacionais e internacionais de videojogos], responsável por publicitar a Twitch em Portugal, obteve 13 milhões de visualizações com mais de 1,2 milhões de espectadores únicos nos canais da estação pública de televisão daquele serviço no ano passado.

Mas há mais: ao nível dos minutos visualizados a fasquia ultrapassou os 153 milhões de minutos, ou seja, mais de duas horas por espectador único, em média. No mundo inteiro? Basta consultar o Twitch Tracker para ter uma ideia: em abril registaram-se cerca de 2,2 milhões de horas vistas na plataforma. O número de espectadores nunca mais parou de crescer desde 2013, ainda que tenha registado algumas quebras.

Números mensais da audiência da Twitch ao longo dos anos. Fonte: Twitch

Segundo dados da plataforma Hootsuite, a que o Observador teve acesso, a Twitch representa 16,3% das plataformas mais utilizadas no país por pessoas entre os 16 e os 64 anos. O primeiro lugar vai para o YouTube com 92,1%. Segundo o Global Web Index, em 2020, houve mais homens (34%) do que mulheres (20%) a usarem a plataforma, sendo que foi na faixa dos 16 aos 24 anos que se registou uma maior utilização. Por mês? 750 mil utilizadores únicos com 25 milhões de visualizações mensais.

Ou seja, a indústria continua a crescer. E até já conseguiu puxar gente que ganhou uma nova oportunidade na vida como Ana Guerra, variety streamer (que joga todos os jogos). “Comecei a fazer stream em novembro de 2018. Tinha-me despedido da Microsoft e estava desempregada, achei que era um projeto fixe para começar a título pessoal”, começa por dizer ao Observador. Atualmente, trabalha numa agência de comunicação e conteúdos focada em Gaming e Esports, a GOATPixel. A vida de Ana gira quase a 100% à volta de videojogos.

Ana Guerra já tinha feito a experiência dos diretos no canal da Xbox Portugal, não na Twitch, mas no Mixer, outra plataforma de streaming mas da marca de Bill Gates. Chegou a escrever no Medium com regularidade, teve um podcast, mas “nunca tinha construído uma comunidade como na Twitch”, refere. Qual é, então, a grande diferença? “Sente-se realmente que o tempo investido lá dá retorno direito e não estou a falar de dinheiro”.

O retorno, se não é monetário, pode chegar das mais variadas formas: estar à conversa com os outros, discutir os mais diversos assuntos e desfrutar das “funcionalidades únicas” da Twitch, como as raids. O termo pode ser assustador (porque significa ataque) mas não é. Ora, um streamer, no final da sessão, pode enviar os espectadores para outro canal. Assim, de repente e sem estar à espera, o autor do canal que está em direto recebe uma enchente de gente sem o ter pedido. As reações são hilariantes. E o estado puro de felicidade também. É como chegar a casa no dia de aniversário e ser recebido pelos amigos, sem se estar à espera. Neste caso, podem ser milhares de desconhecidos que entram pelo sala a dentro. Basta ver o vídeo:

Banir e suspender contas: um critério quase cego que nem os utilizadores entendem

Como se banem ou suspendem contas na Twitch? A pergunta é rasteira, mas a resposta é complexa. Basta olhar para o que se passa, mais uma vez, nos Estados Unidos da América. Vamos primeiro ao que vai acontecendo na plataforma. Ao que apurou o Observador, há, por exemplo, mulheres streamers que são suspensas durante três dias por terem estado de biquíni em direto e há quem tenha, sem querer, mostrado um vídeo com uma parte do corpo destapado, ficando também suspenso.

Já MAMADOTV, um streamer português na categoria “In Real Life” (na vida real), foi gravar para uma zona de praia onde apareceram umas jovens de biquíni e está banido desde o verão do ano passado e ainda não conseguiu voltar à plataforma. Era streamer partner da Twitch (o ranking mais alto, chamemos-lhe assim).

Há utilizadores que dizem a Observador que não conseguem entender os critérios para banir ou suspender contas. “O problema é que a aplicação dos critérios para suspender ou banir contas não é sempre igual”, conta Ana Guerra ao Observador. Segundo a streamer, nem é sequer percetível como é que as suspensões são feitas — se por humanos, se de forma automatizada.

O certo é que, em 2016, um estudo da Universidade Indiana, que investigou milhões e milhões de mensagens na plataforma, revelou que, de forma consistente, as mulheres são alvo de comentários sexistas e objetificadas. Já os homens receberam comentários sobre as suas capacidades e o seu aspeto visual. Se estas revelações explicam tudo? Não, mas ajudam a compreender melhor a paisagem desta plataforma e a forma como os utilizadores a usam. E deixam uma pergunta: as suspensões da Twitch serão mais brandas para mulheres, mesmo sendo sexualizadas, porque isso se pode refletir no negócio? Fica a dúvida.

Um último exemplo muito diferente dos anteriores: os Metallica deram um concerto em fevereiro deste ano e a Twitch Gamming, que resolveu passá-lo em direto, substituiu a música que estavam a tocar por outra só para não se infringir a Lei dos Direitos Autorais (Digital Millennium Copyright Act). Nesse sentido, há exemplos de jogadores que são obrigados a colocar o jogo em silêncio, porque há zonas com música com direitos de autor.

A verdade é que nos Termos e Condições da plataforma é possível perceber que as regras são bem apertadas — pelo menos em teoria. Não há espaço para violência, ameaças, comportamento autodestrutivos, uso de armas, bebidas alcoólicas, utilização de música com direitos de autor, incitação ao ódio, nudez, conteúdo sexual, pornografia ou difusão de informação privada sem autorização. E bots, bots e mais bots (programas que usam inteligência artificial e que aprendem com o utilizador). Só no mês passado foram encontradas mais de 7,5 milhões de contas falsas para inflacionar o número de seguidores e visualizações das transmissões.

Até há uma ferramenta, o AutoMod, que filtra automaticamente palavras ofensivas de cariz sexual, racial, entre outras categorias. O problema está na forma como tudo isto é aplicado.

“Vejo a plataforma cada vez mais apertada nas questões dos limites do que podes ou não fazer/dizer, muito paralelamente a este mundo das redes sociais onde se nota esses mesmos limites impostos pela sociedade. Em relação a estas regras, há quem diga que a Twitch defende os streamers que melhores lucros dão à Amazon, e outros que defendem que é uma questão de géneros. Ninguém sabe ao certo”, refere João Neves.

A área cinzenta por onde se movimenta a extrema direita lá fora

É nestas tais áreas cinzentas que algumas pessoas (e influenciadores) ligadas a movimentos supremacistas, à extrema-direita e a outros projetos nacionalistas se movimentam para escapar à suspensão — ou mesmo à saída eterna — de outras plataformas como o Twitter, o Facebook ou o YouTube. Têm sido estas as redes sociais debaixo de fogo nos últimos tempos, às quais se exige uma atuação imediata para que fenómenos como os que envolveram o Capitólio e o presidente dos EUA não se voltem a repetir.

Uma investigação da Wired descobriu dezenas de contas de extrema direita ou de grupos ligados a teorias da conspiração (como a Qanon) que faziam dinheiro através da Twitch ou do YouTube. Outro trabalho extenso do NYT, vai mais longe: há mesmo influenciadores ligados, por lado, ao movimento contra as eleições de 2020, que disseminam a ideia de fraude eleitoral e, por outro, à campanha de anti-vacinação da Covid-19 nos EUA.

“A Twitch leva milhões de pessoas, especialmente homens mais jovens, portanto é possível atrair uma audiência maior da que estavam a ter noutras plataformas mais pequenas. No Twitter, por exemplo, membros da extrema-direita têm de construir uma audiência e espalhar propaganda e depois direcionar essas pessoas para outro sítio, onde seria possível fazer doações. Na Twitch podem fazer as duas coisas ao mesmo tempo”, descreve Kellen Browing, jornalista de tecnologia do New York Times, numa peça sobre este novo fenómeno de migração política.

Depois, há outro problema referido pelo artigo do NYT: os criadores de conteúdo associados a estes movimentos têm de fazer algo cada vez mais conspirativo e louco todos os dias, com uma carga de ódio cada vez maior, para agradar aos seus utilizadores. É como pensar no Coliseu de Roma, com uma plateia raivosa a querer ver os seus gladiadores a lutarem até a morte, mas através de um computador. Sangue por mais sangue gera mais dinheiro.

O certo é que, tal como conta Kellen Browing, a própria Twitch já está a tentar criar uma política de desinformação, a par de ter criado outra que permite atuar perante utilizadores que tenham cometido violência (ou crimes) na vida real, mas também membros de grupos de ódio. Entretanto, vai reunindo cada vez mais adeptos e tornando tantos outros mais ricos. Ou, a par disto, ser palco de momentos imperdíveis, como a vez em que o rapper Snoop Dogg saiu de um direto, mas deixou a câmara ligada.

Mesmo assim, há muitos canais de extrema direita ainda online. E o estar sempre em direto dificulta ainda mais a missão de não deixar que esta plataforma se contagie pelo ambiente tóxico que se tem vivido nas outras redes sociais. Em Portugal, até agora, o fenómeno ainda não foi mimetizado a grande escala. “A Twitch tem alguns problemas de discurso de ódio, sim. A plataforma continua a mudar os seus termos e condições para tentar controlar, mas até agora não foi suficiente para resolver o problema”, refere Ana Guerra.

Pelos vistos não foi nem será suficiente. Os novos utilizadores, com poucos seguidores, têm de se ajustar e aceitar as regras. Os que migram de plataforma em plataforma, esquivam-se das regras ou jogam pelo seguro. Os youtubers lucram na Twitch ou noutro lugar qualquer.

Já a Covid-19 pode vir a abrir ainda mais portas neste mundo novo, porque a necessidade de uma maior ligação cresce cada vez mais. “Com a pandemia vimos um aumento de utilizadores do site e a sua popularidade começou a alastrar-se a todos os meios. Por exemplo, músicos e pessoas ligadas ao entretenimento utilizaram a Twitch como forma de subsistência depois dos cortes na cultura. É um espelho daquilo que é o verdadeiro potencial da plataforma”, finaliza Tiago Pereira.

Como limitar o discurso de ódio tem sido um dos grandes desafios das redes sociais. E como é possível fazê-lo na Twitch, em que tudo se passa em direto? Afinal, o Big Brother pode estar a olhar para nós, mas a tapar a vista quando nos portamos mal. Resta saber até quando.