Passear pelas principais zonas de comércio de Lisboa e do Porto, nos dias de hoje, tem o seu quê de agridoce: por um lado é uma fuga do confinamento a que a pandemia nos obrigou, por outro revela a dura realidade que o setor dos serviços, por exemplo, está a atravessar. “Fechado”, “Encerrado”, “Trespassa-se” — letreiros deste género são cada vez mais fáceis de encontrar à porta de casas entaipadas que viram o ano de 2020 e as consequências da pandemia ditar o seu fim, seja ele temporário ou definitivo.

Manuel Lopes, o presidente da Associação Dinamização da Baixa Pombalina, conta ao Observador que só nesta zona lisboeta “deve haver entre 100 e 111 espaços encerrados”, alguns deles “de forma temporária”, outros “definitivamente. Mas a norte, Joel Azevedo, presidente da Associação dos Comerciantes do Porto, é mais cauteloso: “É difícil ter a certeza porque muitos sítios estão apenas com a sua atividade suspensa.  A minha perceção é que houve menos encerramentos do que estávamos à espera. Mas isto pode não querer dizer nada, é difícil ter a certeza absoluta de que quem está fechado temporariamente vai conseguir reabrir daqui a uns tempos.”

Apesar das incertezas, a verdade é que tanto a Norte como a Sul já foram conhecidos várias lojas, bares, restaurantes, pastelarias, galerias ou salas de concerto que não tiveram solução se não fechar. Este artigo enumera uma série delas: de sítios recentes a clássicos centenários, infelizmente, há um pouco de tudo. Por muito que a enumeração que se segue seja só a ponta do iceberg, centenas de outros negócios viram-se forçados a encerrar e há quem diga que o pior ainda está por vir.

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