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Diana Mendes

Diana Mendes

O mundo encantado de Bruno Pernadas está cada vez maior: na sua cabeça existe uma grande big-band de canções

Guitarrista, formado no jazz e música clássica, Bruno Pernadas continua a fazer do universo da pop e das canções um globo de muitos ritmos e países. O novo "Private Reasons" é uma odisseia em grupo.

Há músicos que, por si só, são uma banda — são tratados na gíria pelo anglicismo one-man band. Bruno Pernadas, músico português e lisboeta de 38 anos, é outra coisa: tem dentro dele uma orquestra pop. Na sua cabeça de compositor está a melhor big-band de canções destes tempos. Quem tiver dúvidas que oiça o seu novo disco Private Reasons, editado esta sexta-feira, 23 de abril.

Embalados por um assomo poético, entusiasmados com o que lhe ouvimos, quase garantimos que na cabeça de Bruno Pernadas estão os mais estupendos sons do mundo, que o mundo encantado de música que imagina e que depois transpõe para os sons concretos que cria — com uma pequena (grande) ajuda dos seus amigos em estúdio — não tem paralelo.

Não há prémio para a imaginação musical mais fértil da música portuguesa, mas se existisse Bruno Pernadas era forte candidato a vencê-lo. Depois de dois discos “a solo” e cantados em que já o mostrara, How Can We Be Joyful in a World Full of Knowledge (2014)  e Those Who Throw Objects At The Crocodiles Will Be Asked To Retrieve Them (2016), depois de um álbum jazzístico editado em nome próprio (Worst Summer Ever) e do trabalho com o grupo Montanhas Azuis, com a formação jazzística When We Left Paris e com as bandas de canções Julie & The Carjackers, Minta & The Brook Trout e Real Combo Lisbonense, ei-lo de volta a provar que os sonhos agradáveis embalam ainda melhor quando musicados, cheios de melodias e harmonias.

A capa do novo álbum de Bruno Pernadas, que será apresentado ao vivo na Culturgest, em Lisboa, a 21 e 22 de maio, na Casa da Cultura em Ílhavo (26 de junho) e no CCVF em Guimarães, a 2 de julho

Na música a solo e de canções de Bruno Pernadas (também a faz instrumental) conflui-se muita coisa. Está lá a técnica aprimorada aprendida na escola da música clássica — Pernadas estudou Guitarra Clássica e frequentou a Escola Superior de Música de Lisboa. Encontra-se ali o gosto pela expressão livre, exploratória e sem amarras sonoras da música jazz, que começou por estudar no Hot Clube de Portugal e em que se especializou. Estão lá as melodias pop sofisticadas que apurou quando colocou o seu amplo universo musical ao serviço de canções pop-rock, sobretudo na banda que formou com João Correia, Julie & The Carjackers (que tem um disco editado em 2011, Parasol). E está lá uma perspetiva inclusiva da música, um gosto por muitos ritmos e expressões musicais que depois torna a música que faz um caldeirão de ingredientes sem fim.

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Em setembro de 2018, quando o encontrámos em Barcelona para um concerto inserido no programa de exportação da música nacional Portugal Alive, Bruno Pernadas contava-nos uma coisa surpreendente. Apesar da mais do que aparente universalidade da sua música, cantada maioritariamente em inglês e que se molda e cozinha original a partir de ingredientes de ritmos musicais explorados em zonas geográficas distintas — do Ocidente ao Oriente, da América do Norte a África e à América do Sul —, aquela atuação na Catalunha em 2018 era a primeira vez que Bruno Pernadas apresentava as suas canções fora de Portugal.

Se a sua música cantada incorpora ritmos de tantas regiões do mundo, se esta não tem um piso geográfico delimitado e se pode até enquadrar-se em circuitos ao vivo distintos — os festivais pop-rock, os clubes noturnos de concertos e DJ sets, os festivais de jazz, o circuito dedicado à world music e à música étnica —, porque motivo Bruno Pernadas não é um homem que anda pelos quatro cantos do mundo, de continente em continente e de guitarra em punho? A resposta era simples, sugeria-nos ele na altura: logística. Para ser bem tocada em palco, sem artifícios nem manipulações de som pré-gravado (ao invés de tocado), esta música precisava de uma banda de nove músicos em palco. E quando Pernadas explicava a dimensão do grupo a quem o queria programar para concertos, o que tem óbvias implicações nos cachets, percebia que o interesse se desvanecia.

Nesse mês do ano II a.C. (antes da Covid-19), Bruno Pernadas tinha um plano já pensado: em 2019, no ano seguinte, sairia um álbum do novo grupo Montanhas Azuis — que criou com Norberto Lobo e Marco Franco, para fazerem música em trio tendo os sintetizadores como instrumento de base. Nesse mesmo ano, Bruno Pernadas contava gravar o seu terceiro disco de canções, sucessor de Those Who Throw Objects At The Crocodiles Will Be Asked To Retrieve Them. A previsão era que o álbum saísse em 2020. Acabou adiado pela pandemia mas o que ouvimos neste Private Reasons começou mesmo a ser feito em 2019, como Bruno Pernadas planeava.

[“Theme Vision”, o primeiro single do novo disco de Bruno Pernadas:]

Dois meses depois do seu primeiro concerto fora do país enquanto Bruno Pernadas, dado que já atuara fora de portas com a banda Real Combo Lisbonense — que se dedica a recriar música cantada por Carmen Miranda — e com peças de teatro em que assegurava a música ao vivo, Pernadas levou o seu projeto musical pela segunda vez para fora do país. Foi tocar ao Japão, o que diz ter sido não só uma experiência musical gratificante e surpreendente pela recetividade revelada à sua música (tanto que este novo álbum será editado no Japão) como importante para o que se ouve neste disco.

No Japão, Bruno Pernadas deu dois concertos nesse mês de novembro de 2018 com o seu grupo. Pôde viajar com todos os músicos que quis levar da sua banda. E aos dois espectáculos juntou ainda um terceiro concerto, que chegou a ser gravado e editado digitalmente no Japão, em que tocou em quarteto com outros compositores e instrumentistas que ali estavam no país naquele momento: o guitarrista Nels Cline — que faz parte da banda norte-americana Wilco mas que também grava discos com formações mais próximas do jazz e da música improvisada —, Joachim Cooder, baterista e filho de uma das maiores figuras do cancioneiro americano, Ry Cooder, e Shahzah Ismaily, baixista que integra a banda do guitarrista e compositor de jazz exploratório Marc Ribot.

Da viagem, Bruno Pernadas trouxe ideias, conta agora em conversa telefónica com o Observador: “A experiência de ter estado no Japão a ouvir música tão diferente… quando digo tão diferente não é por ser oriental, é porque eles têm acesso a música ocidental e a música de outras zonas a que nós não temos acesso. Não tem ver com ter ouvido muita música tradicional”. As ideias que vieram na bagagem foram “muitas” e alguns meses depois, no verão de 2019, “o disco começou a ser feito”.

Este novo álbum vai passeando por várias paisagens rítmicas, com paragens ora mais pela soul e R&B distorcido, ora mais tropicais, ora mais jazzísticas, ora mais space-age pop e easy listening, tanto mais relaxantes quanto mais dançantes, mais cósmicas e com riffs de guitarra e sintetizadores a levar as canções para o espaço. Bruno Pernadas diz que isto de compor música para tanta gente cantar e tocar nos instrumentos mais variados é-lhe "natural" 

A um comum mortal dificilmente isto não soará impressionante: neste novo álbum ouvem-se, além das vozes, uma catrefada de instrumentos, de guitarras a baixos, sintetizadores, piano elétrico, baterias, percussões, contrabaixo, vibrafone, trompete, fliscorne, flauta, saxofones vários, violinos, violoncelo e viola de arco. Mas as ideias musicais, os sons imaginados para todos estes instrumentos de uma quase-orquestra ou big-band ao serviço de canções, vieram da cabeça de Bruno Pernadas. Não é ele que toca tudo isto — pelas sessões de gravações passaram outros 15 músicos e cantores — mas é ele que imagina, na raiz, o som que quer ouvir de todos estes instrumentos.

Bruno Pernadas garante que para ele tudo isto é “bastante natural”, que não encontra “muita dificuldade” nisto de imaginar música para ser tocada por tanta gente. O difícil, garante, é tomar decisões finais quanto ao rumo que as canções acabam por levar. Primeiro, deixa-se levar pela influência dos sons que tem na cabeça, que reconhece poderem vir dos três universos em que se formou — a música clássica, a música jazz e a música popular — e do seu gosto eclético como ouvinte. E “é por isso que os discos ficam tão ecléticos, não tenho propriamente culpa que as músicas fiquem tão diferentes, a ideia surge e eu respeito a primeira ideia que surge”.

Um ouvido nutrido com ecletismo — o que Pernadas ouviu para tocar assim

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Um dos motivos para a música de Bruno Pernadas abarcar tantos ritmos diferentes é ter ouvido “muita música diversificada, de muitos países, e escondida, de difícil acesso”, explica ele. Primeiro, começou por ouvir “muito rock” e “muita música estranha que se fazia e que passava em programas de música e televisão”. Na adolescência começou a ouvir “muita música africana”. No 10º e 11º ano começou a ouvir jazz e jazz mais exploratório, afastado do ‘songbook’ — alguns amigos mais velhos da ESAD, das Caldas da Rainha, mostraram-lhe “coisas como os Art Ensemble of Chicago, os The Last Poets, alguns discos do Sun Ra”, fora do cancioneiro e dos standards jazzísticos mais clássicos. No “cinema independente” descobriu muita coisa: de cabeça lembra-se logo de ter ficado a conhecer Mulatu Astatke no filme “Broken Flowers”, com Bill Murray, por exemplo. E desde que é adulto ouve música de variadíssimos géneros, dos mais variados países e de épocas muito distintas. Les Baxter é referência assumida, os Stereolab são apontados como influência mas os sons de Pernadas bebem do globo inteiro.

Este Private Reasons vai ainda mais longe do que os discos anteriores. Enquanto o compunha Bruno Pernadas teve até de colocar um travão às suas explorações, porque “até já estava a ir longe de mais, já tinha uma música de hip-hop num idioma estranho, super agressiva… teve de ficar para outro projeto”, remata, rindo-se.

A primeira surpresa chega logo a meio da primeira canção, “Family Vows”, quando os efeitos de voz manipulam e tornam as vozes algo robóticas, uma técnica de som que ainda não lhe ouvíramos tão claramente — e que volta à terceira canção, “Fuzzy Soul”. Isto, esta evocação de uma soul digital e de um R&B distorcido, escangalhado, aparece aqui e agora porque como ouvinte Bruno Pernadas foi-se interessando nos últimos anos por aquilo que tem ouvido em algum hip-hop e “R&B progressivo”, explica: “Acho que foi das melhores tendências que existiu no mundo pop nos últimos cinco anos, se calhar mais. Há um certo descuido, uma certa frontalidade no hip-hop e no R&B mais arrojados que me agrada. Há quem use o auto-tune, como o Tyler, the Creator e outros, como instrumento de expressão, sem qualquer sentimento de culpa”. Essa é uma das boas tendências que encontra na música pop mais ouvida, que ainda assim vê como estando a ficar “cada vez mais pobre em termos harmónicos”.

Outra das surpresas aparece logo ao segundo tema, “Lafeta Uti”. Com resquícios do ritmo afrobeat nigeriano mas pejada de sintetizadores e a piscar o olho à música que se ouvia nas pistas de dança dos anos 80 da África do Sul (garante ele), é cantada num idioma inesperado que parece africano mas na verdade não existe. “É um dialeto que nós inventámos, que eu inventei”, explica Bruno Pernadas. “A música foi feita num processo muito complexo — a parte da melodia — que eu não vou desvendar [risos], mas depois foram transcritos vários momentos silábicos, adaptou-se e criou-se uma linguagem. Essa linguagem foi a Margarida Campelo que depois cantou por cima. Ainda experimentámos testar a música em português do Brasil e em inglês e não funcionou tão bem como nesta língua estranha”, acrescenta, admitindo que a algumas pessoas possa “soar um bocadinho a caricatura” mas explicando que “funcionou melhor” assim e que foi com estes vocábulos inventados que “gostei sempre mais de ouvir a música”.

Bruno Pernadas e alguns dos seus fiéis escudeiros, que o ajudam a dar vida aos sons que imagina e compõe

Diana Mendes

O álbum vai passeando por várias paisagens rítmicas, com paragens ora mais pela soul, ora mais tropicais, ora mais jazzísticas, ora mais space-age pop e easy listening, tanto mais relaxantes quanto mais dançantes, mais cósmicas e com riffs de guitarra e sintetizadores a levar as canções para o espaço. Em alguns momentos os violinos, o violoncelo e a viola de arco ganham espaço, como nas duas partes de “Little Season” (I e II), tirando alguma hegemonia que a secção de sopros (em especial o trompete e o saxofone) tinha em discos anteriores.

No caso desta “Little Season” dividida em duas partes, Bruno Pernadas conta que “houve uma grande indecisão porque o tema soava bem se tivesse um quarteto de cordas a acompanhar uma secção rítmica simples — tipo contrabaixo, piano, baterias, vozes — mas também soava bem se tivesse sintetizadores e assim dentro de um estilo mais de música nos anos 80, mas com uma perninha no R&B”. Como “soava bem das duas maneiras”; foram “gravadas duas versões” e a final acabou por ficar como “um misto das duas, um compromisso sónico” entre as duas estéticas.

As surpresas do disco vão-se sucedendo. Em “Recife” há um certo tropicalismo com aroma oriental, trazido pela flauta. Em “Brio 81” o ritmo entra em toadas prog. “Loop Joy” soa a uma espécie de pop-eletrónica ambiental tocada relaxadamente. Em “Step Out Of the Light” ouve-se alguma solenidade do piano e das cordas antes desta big band levar a canção para paragens mais Pernadianas e circulares. A final “Far Beneath Your View” parece banda sonora de filme de ficção científica, uma banda sonora ainda assim diferente da que Bruno Pernadas assinou recentemente para o filme “Patrick”, de Gonçalo Waddington — porventura também diferente da que se ouvirá na primeira série portuguesa produzida para a Netflix, “Glória”, que deverá estrear nos próximos meses e que foi encomendada a Bruno Pernadas.

Música para "Glória", a primeira série portuguesa feita para a Netflix

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Há um ano, Bruno Pernadas foi convidado para fazer a banda sonora de “Glória”, a primeira série portuguesa feita de raiz para a Netflix. “Confesso que nunca estive envolvido num projeto durante tanto tempo, já estou envolvido nele há oito meses. É uma estreia, é a primeira série da Netflix produzida e feita em Portugal, e eu fiz a música”. Quanto a outros projetos em que está envolvido, fala da banda Montanhas Azuis: “Não tenho podido fazer os últimos concertos a banda. Chegámos a tocar em quinteto e penso que esse será o formato futuro”.

O que jamais esperávamos era ouvir uma canção de Bruno Pernadas cantada em coreano. Acontece neste disco e no tema “Jory II”, depois de uma introdução — “Jory I” — em que se ouvem palavras proferidas no dialeto mais comum de Seoul. Quem canta o tema é Minji Kim, uma cantora sul-coreana e “colega da área do jazz” que Bruno Pernadas diz que há muito gosta de ouvir. “Convidei-a para cantar uns temas neste disco. Nesse tema em particular estava em aberto fazer o tema em inglês, na verdade, mas perguntei-lhe se preferia inglês ou coreano e acabámos por decidir em uníssono fazer na língua materna dela”, refere, revelando ainda alguns detalhes da letra: “Traduzimos um poema de uma amiga minha, a Catarina Barros, de português para coreano, com a ajuda de uma amiga coreana e tradutora da Universidade de Letras”.

“Tocar na América com banda? Não dá”

A logística pode dificultar que a música de Bruno Pernadas tenha o impacto que se imaginaria no mundo. A sua notoriedade em Portugal tem crescido à medida que os ouvintes chegam, curiosos pelas canções, mas na internacionalização o músico e compositor vê alguns obstáculos.

Por um lado há o problema logístico. Nos últimos “quatro ou cinco anos”, Bruno Pernadas diz que o país em que somou mais ouvintes das suas canções — hoje é possível saber esses dados — foi os Estados Unidos da América. Além disso, recebe “muitas mensagens de americanos pelas redes sociais e pelo e-mail”. Problema: “tocar na América com banda não dá”. Com banda, leia-se: com a formação em que está habituado a tocar, com o leque de quase uma dezena de músicos que leva para palco.

Para uma digressão na América, diz, “dá para ter um road manager, se calhar um ou dois membros da banda” mas depois seria preciso criar uma banda local para tocar consigo as canções na América do Norte. Isso será possível? “Sim, claro. Tenho amigos que moram lá, colegas que foram estudar para as escolas de música que lá existem — a Berklee College of Music em Boston, a New School e a Manhattan School [of Music] em Nova Iorque…”.

Ainda assim, Bruno Pernadas vê outros projetos musicais portugueses com mais possibilidades de se afirmarem no exterior. Fala, desde logo, da Príncipe Discos, cujos artistas “fazem uma música tão original, um kuduro progressivo mas moderno, têm um estilo de música que se calhar chega mais depressa  a um certo público e contexto artístico do que a música que faço, porque é algo mesmo único, que tem uma raiz portuguesa e africana muito acentuada. É um fenómeno e ainda bem, porque gosto do trabalho que a Príncipe Discos faz. O resto da música portuguesa, muito dificilmente. Tentei e estou aos poucos e poucos a ir desistindo. Embora saiba que se tivesse possibilidade de fazer uma digressão na América…”

A música feita em estúdio, no seu caso, nunca foi pensada para levar para palco — desde a raiz do projeto. Ou seja, Bruno Pernadas nunca se coibiu de somar instrumentos, camadas sonoras e de criar harmonias em cima de harmonias só por receio de que isso depois exija muitos instrumentistas a tocar consigo. Este disco, garante, “é possível ser tocado por menos gente” mas logo aparece um problema: “Os temas dos discos anteriores, aqueles de que as pessoas mais gostam, muito dificilmente podem ser tocados por menos gente sem perder qualidade”. Ainda assim, Bruno Pernadas tenciona “tentar adaptar o ensemble às circunstâncias” dos concertos, para poder tocar mais.

Apesar de na capa dos discos vir apenas o seu nome, porque é ele o compositor da música tocada no disco, Bruno Pernadas quis ser fotografado com o grupo que gravou, tocou e cantou estes novos temas

Diana Mendes

O que se seguirá a este Private Reasons é impossível de prever: se Bruno Pernadas der novas e ainda mais acentuadas guinadas à sua música no futuro não seria uma grande surpresa. Afinal, estamos a falar de um músico que chegou a decidir lançar dois discos no mesmo ano — em 2016, um mais de canções e outro mais jazzístico e instrumental. Ele próprio garante que o seu percurso tem sido razoavelmente surpreendente até para si mesmo: “Se me perguntassem há dez anos se estava a pensar gravar discos pop [cantados] ou deste género de música diria que não. Sabia que não iria fazer uma banda que tocasse aquele jazz que se estava a fazer de 2010 para 2020 mas não sabia que faria algo deste género. Poderia ser uma música mais cinematográfica, com instrumentos mais peculiares e de misturas, mas isto que fiz nunca imaginaria”. Aproveitemo-lo enquanto o tivermos aqui, em Portugal e no campeonato das canções.

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