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Todas as semanas, quinzenalmente ou uma vez por mês, muitos idosos que vivem sozinhos no concelho de Oleiros recebem a visita da psicóloga que os ajuda a enfrentar o luto pela morte de alguém
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Todas as semanas, quinzenalmente ou uma vez por mês, muitos idosos que vivem sozinhos no concelho de Oleiros recebem a visita da psicóloga que os ajuda a enfrentar o luto pela morte de alguém

IGOR MARTINS / OBSERVADOR

Todas as semanas, quinzenalmente ou uma vez por mês, muitos idosos que vivem sozinhos no concelho de Oleiros recebem a visita da psicóloga que os ajuda a enfrentar o luto pela morte de alguém

IGOR MARTINS / OBSERVADOR

Para ajudar a lidar com a morte e o envelhecimento, este projeto acompanha o luto de quem vive sozinho

Em Oleiros, Castelo Branco, há um programa de apoio ao luto que garante consultas de psicologia e visitas ao domicílio gratuitas. Para ajudar a lidar com a morte, a solidão e o envelhecimento.

Quando o marido morreu, Maria sentiu que parte de si andava no ar. A pairar sem pôr os pés no chão, a levitar sem querer voltar, como se não estivesse cá, na terra. Outra parte de si era como uma panela de pressão a ferver, prestes a rebentar. Passaram-se quase dez anos depois da doença, de 11 anos numa cadeira de rodas, de um cancro, de oito meses numa casa de cuidados continuados. Até à morte. Foram 56 anos de vida em comum até ao último suspiro.

“Nunca estamos preparados para a morte de ninguém”, diz. “É muito triste ver sofrer e não poder valer a quem se ama.” Maria sentia-se debilitada, deprimida, sem forças, queria desistir e desaparecer. Um ano depois, em 2015, estava a ser acompanhada pelo Programa de Apoio ao Luto do Município de Oleiros, vila da Beira Baixa, distrito de Castelo Branco, no interior do país. O projeto estava a começar, foi das primeiras a receber apoio. Há pouco mais de um ano, sofreu outra perda. Uma amiga de infância, como uma irmã, confidente e vizinha, morreu de cancro. “Tenho muitas saudades dela”, desabafa. E as dores voltaram a estalar.

Maria (com a psicóloga Ana Abreu) foi das primeiras a receber apoio com o projeto. Tem 84 anos e mora sozinha numa aldeia com pouca gente, a vinte quilómetros de Oleiros

IGOR MARTINS / OBSERVADOR

Maria tem 84 anos e mora sozinha numa aldeia com pouca gente, a quase vinte quilómetros da sede do concelho, curvas e contracurvas, serras e montes, pelo caminho feito quase sem trânsito, quase sem pessoas. O território é geograficamente extenso, 471 quilómetros quadrados, dez freguesias dispersas, aldeias afastadas, poucos habitantes — ao todo, não chegam aos cinco mil. A psicóloga é sempre bem-vinda. “O bocado que estamos a falar não estou sozinha, a conversa faz muito bem, é uma ajuda numa aldeia onde há pouca gente.” E o luto, o que é fazer o luto? “O luto é o que nos vai no coração. O luto pelo preto, pelas flores, pelas lágrimas, não faz nada ao corpo e à alma de quem partiu. Enquanto cá estão, temos de fazer tudo o que podemos. E ela fez tudo o que podia. “A saudade nunca se vai, olhamos para as coisas, para os lugares, para os hábitos, para os costumes.” Do marido e da amiga. Agradece o apoio, as visitas da psicóloga. “Vai ouvindo as nossas doideiras”, diz a rir.

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Às segundas, quartas e quintas-feiras, a psicóloga Ana Abreu, do programa de apoio ao luto de Oleiros, sai do gabinete e entra num carro da autarquia com motorista que a leva onde for necessário, protegendo apelidos e indicações geográficas precisas de quem está em acompanhamento e mora sozinho em lugares remotos. A lista tem normalmente duas a três pessoas da parte da manhã, mais uma ou duas de tarde, dependendo do tempo das conversas, das distâncias — há viagens que demoraram 30 minutos para ir e mais 30 para voltar. Nos restantes dias da semana, está em consultas no gabinete de ação social no rés-do-chão do edifício da câmara, perto da entrada. Os casos chegam-lhe às mãos de várias formas, sinalizados pelas juntas de freguesia, proteção civil municipal, unidade móvel de saúde, gabinete municipal de ação social, centro de saúde, segurança social, pela própria comunidade, familiares, vizinhos, amigos. E por quem sofre e percebe que precisa de ajuda.

Desde 2015, cerca de 500 pessoas já beneficiaram do programa de apoio ao luto em Oleiros, reconhecido com vários prémios de saúde mental. Neste momento, 102 estão em acompanhamento, 80 mulheres, 22 homens. Têm quase todos mais de 65 anos, mas também há 27 adultos em idade ativa e três adolescentes. Nos últimos dez meses surgiram vinte novos casos.

Como vai, senhor António? “Não é como se quer, é como se pode”, responde-nos à porta de casa. Passaram quarenta anos e parece que foi ontem. A mulher morreu em 1984. “Tinha uma doença desgraçada e malvada que a levou. Gritava de noite e de dia. Estava tão aflita, foi muito complicado, malvada doença que tinha, nem sei bem explicar.” Faltam-lhe palavras para tamanha dor. Na altura a filha era pequena, ainda não tinha 10 anos, a cunhada tomou conta dela. Deslocações ao Instituto Português de Oncologia de Lisboa, internamento, um cancro na mama. Os gritos nunca lhe saíram da cabeça, o sofrimento dela enredou-se com o seu, nunca mais quis ninguém. “É complicado, começo a pensar, já passei por grandes coisas da minha vida, só me esquecerei delas quando for para o outro lado.”

António tem 82 anos, tinha 42 quando a mulher morreu e o luto não o larga, uma tristeza sem fim. A filha mora longe e liga-lhe todos os dias. Ligou-lhe há instantes, não faz uma hora. Vive sozinho numa aldeia sem mais ninguém, tem duas gatitas, três ovelhas, no ano passado ainda semeou feijão, milho, batatas, agora não sabe bem o que vai lançar à terra, vêm os javalis e destroem tudo. Há alguns meses apanhou azeitona, volta e meia, às terças-feiras de manhã vai no transporte da câmara à vila fazer compras ao mercado, pagar contas, fazer a voltinha, como diz.

É acompanhado desde 2015 pelo programa de apoio ao luto. Na mesa, o cartão com as visitas marcadas. A psicóloga Ana Abreu pergunta-lhe como está, se tem dormido, se tem comido, o que aconteceu desde o último encontro. “Vem cá um bocado dar duas ou três falas e ficamos mais animados. Vivo só, o bocadinho que está aqui anima muito a gente, passamos tempos sem ver ninguém, dá-nos uma ajuda falar um bocadinho.”

Doenças e mortes, incêndios e perdas

“É muito difícil, eu quero fazer o luto, mas não consigo.” Alice tem 78 anos e o marido morreu há ano e meio, em outubro de 2021. A dor escorre-lhe nas lágrimas que não consegue estancar. “Não pensava que era assim tão difícil perder as pessoas que amamos.” Há quatro anos, teve um incêndio à porta, não arredou pé, não abandonou a casa, tão aflita, tão agitada, com tanto medo de que as chamas lhe levassem tudo. Depois, ficou profundamente abalada, transtornada. “Ia para a cama, fechava os olhos, e só via lume, só lume.”

Tantas noites sem dormir, o marido já doente, começou a ser seguida pelo programa de apoio ao luto. Vivia em permanente sobressalto, ansiosa, triste, com o coração em desassossego constante. Os momentos de extrema aflição, a ver o fogo a aproximar-se, a encher bilhas com água, a preparar-se. E as noites sem dormir. “Saltava da cama, e ali estava o fogo outra vez.” Era apenas na cabeça dela. Foi traumático, pesado, duro.

Três vezes por semana, a psicóloga Ana Abreu visita quem mora sozinho e longe. Quatro a cinco por dia, dependendo do tempo das conversas. Nos outros dias dá consulta no gabinete de ação social

IGOR MARTINS / OBSERVADOR

Há um ano, caiu de uma oliveira no quintal e partiu duas vértebras, andou com um colete até agosto. “Andava a entrar numa depressão, não conseguia fazer nada, não conseguia fazer nada.” Fisioterapia durante três meses, agora aguarda para saber se tem ou não de continuar. Mora sozinha, tem dois filhos mas estão longe, na aldeia há mais duas pessoas, recebe visitas das primas e da psicóloga do apoio ao luto a quem abre a porta com alegria e satisfação. E os dias ficam logo mais leves “Se não há ninguém que nos dê apoio, vamos mesmo lá para o fundo.”

Alice lembra-se de o marido lhe dizer que não queria que ela vestisse de luto. Não foi capaz, só consegue usar o  preto. “É assim, trago o luto.” As conversas com a psicóloga ajudam-na a recuperar boas memórias. “Dei todo o apoio enquanto cá esteve, nunca nos deitámos zangados.” Alice conta o que sente, alegrias e tristezas, naqueles encontros. “As minhas pessoas não querem que eu perca o equilíbrio, que caía e não tenha forças para me levantar.”

Ajudar a enfrentar os dias

O Programa de Apoio ao Luto do Município de Oleiros arrancou em março de 2015 com 50 pessoas em sofrimento pela morte de outros. Atendimentos em gabinete, visitas domiciliárias, tudo gratuito. Quatro anos depois, foi distinguido com dois prémios nacionais: o do Município do Ano 2019 na categoria regional Centro, atribuído pela Universidade do Minho através da plataforma UM – Cidades; e o Prémio Boas Práticas em Psicologia – Administração Local, criado pela Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) e pela Câmara Municipal de Lisboa. Mais recentemente, em abril de 2023, o município de Oleiros foi distinguido com o Selo Comunidades Pró-Envelhecimento 2022-2024, também iniciativa da OPP, que reconhece programas, planos estratégicos e práticas que demonstram um compromisso com a promoção do envelhecimento saudável.

"Temos situações de muito sofrimento. Logo após a perda, tentamos estabilizar as pessoas, equilibrar a situação, dar um apoio para garantir que voltam à rotina. São pessoas com crenças fortes, vidas difíceis de muito trabalho. Não vamos mudar a história delas, mas damos alguma estabilidade e o melhor apoio.”
Ana Abreu, psicóloga

Cada pessoa é uma pessoa e a intervenção do programa é avaliada ao pormenor. “Temos situações de muito sofrimento”, explica a psicóloga Ana Abreu. “Logo após a perda, tentamos estabilizar as pessoas, equilibrar a situação, dar um apoio de continuidade para garantir que voltam à rotina normal.” É um processo complexo, delicado, inquieto. Há o luto, a solidão, o isolamento, o peso dos anos, a perda de mobilidade. “São pessoas com crenças fortes, com vidas difíceis, de muito trabalho. Não vamos mudar a história das suas vidas, mas damos alguma estabilidade e o melhor apoio.” É preciso perguntar e ouvir, ver o que não está bem, intuir o que não se vê, entender perdas e traumas.

A sala de estar do senhor António é à moda antiga, mesa quadrada ao centro onde tem a medicação a tomar, o aparelho para medir as tensões, à volta mobiliário de madeira bem tratada, fotografias das suas gentes, a preto e branco e a cores, nas paredes e nos móveis. “É assim a vida”, atira em jeito de desabafo.

“É complicado”, diz António. “Começo a pensar e já passei por grandes coisas da minha vida, só me esquecerei delas quando for para o outro lado.” O apoio no luto e no isolamento é essencial

IGOR MARTINS / OBSERVADOR

Em 2003, um incêndio consumiu-lhe um grande pedaço de terra que tinha ao pé de casa. Não arredou pé, tentou salvar o que pôde, um trator, um reboque, os animais que não o largavam, sempre à sua volta. Pediram-lhe para sair dali, não quis saber, combateu as chamas como soube, sem dormir, com muita ansiedade. “Não saio daqui, não quero chegar e ver as paredes no ar”, disse a quem lhe pediu para sair da aldeia. “Ardeu tudo, estava tudo a arder cá por cima, era uma grande propriedade que foi destruída pelo fogo.” Custou-lhe tanto que ainda não esquece. “As minhas vistas ficaram queimadas por dentro”, lembra. Passou mal, teve de ser tratado aos olhos.

António aquece-se ao lume na lareira que tem na cozinha com janela para um limoeiro bem carregado. “Por enquanto, vai-se andando, vou fazendo e vou comendo”, confessa. E volta à mulher, às lembranças, ao sofrimento. “Malvada doença que não perdoa nada, sofreu muito o pouco tempo que estivemos juntos. Ainda custa muito, a falta dela vibra sempre.”

Respeitar histórias, competências e ritmos

O luto é um momento delicado, não há um modo universal de lidar com emoções em revolta. “Não existe um padrão, fazemos um diagnóstico, tentamos perceber a fase em que a pessoa está. O processo de luto é individual. Respeitamos as competências da pessoa e o seu ritmo.” Ana Abreu aprendeu a ler os sinais, a perceber se é preciso outro tipo de acompanhamento. As visitas são marcadas consoante as necessidades, todas as semanas, quinzenalmente, mensalmente. “É muito importante que este serviço seja levado às pessoas.” Reconhecendo e valorizando as histórias de cada um,  trabalhando na melhor adaptação possível ao processo de luto, prevenindo situações futuras e não desejáveis.

O contexto é muito particular. Oleiros é um concelho de baixa densidade, população envelhecida, metade tem mais de 65 anos e, desses, 16% vivem sozinhos. Como António, Maria e Alice. Desde 2015, cerca de 500 pessoas já beneficiaram do programa de apoio ao luto. Neste momento, 102 estão em acompanhamento, 80 mulheres, 22 homens. Gente idosa sobretudo, 72 têm mais de 65 anos. Mas também há 27 adultos em idade ativa e três adolescentes. Nos últimos dez meses surgiram vinte novos casos. No segundo semestre de 2023, foram feitos 587 atendimentos ao domicílio e em consultas no gabinete.

“Nunca estamos preparados para a morte de ninguém. É muito triste ver sofrer e não poder valer a quem se ama.” Maria sentia-se debilitada, deprimida, sem forças, queria desistir e desaparecer. Um ano depois, em 2015, estava a ser acompanhada pelo Programa de Apoio ao Luto do Município de Oleiros.

“Chegamos a todo o lado porque todos são importantes”, diz Miguel Marques, presidente da Câmara Municipal de Oleiros. Está satisfeito com o sucesso e a abrangência do programa, com uma pandemia pelo meio, tornando-o “mais premente e mais urgente.” Nessa altura, a ajuda não foi interrompida, havia uma linha de atendimento telefónico para apoio à distância. O autarca não tem dúvidas da importância desta ajuda disponibilizada gratuitamente. “É um projeto de apoio, as pessoas foram aderindo e são acompanhadas a nível mental e psicológico na perda de alguém e em acontecimentos trágicos e traumáticos, nomeadamente nos incêndios.”

Em Oleiros, os pinhais são fonte de rendimento para muita da população que sofre quando vê uma vida a arder à sua frente. Todos os anos, o orçamento camarário disponibiliza vinte mil euros para o programa que lida com perdas e traumas. “Ao irmos ao encontro das pessoas nas suas habitações, sentem-se mais confortáveis em expor os problemas e as dificuldades. Este trabalho de proximidade tem-se revelado muito importante.” Entretanto, o programa contará com mais uma pessoa no apoio técnico. “O projeto tem nove anos e, até ao momento, não houve necessidade de reforçar a equipa. Contudo, o município tem uma psicóloga em comissão de serviço e, em breve, abrirá um procedimento para a integração de outra”, revela o autarca.

O território é geograficamente extenso, 471 quilómetros quadrados, dez freguesias dispersas, aldeias afastadas, poucos habitantes – ao todo, não chegam aos cinco mil

IGOR MARTINS / OBSERVADOR

Maria sente que beneficiou disso. Uma ou duas vezes por mês tem ginástica numa antiga escola primária, agora sede de uma associação onde um técnico de desporto se desloca para estimular o exercício dos poucos que ali moram. De manhã, pela fresca, quando o corpo tem mais genica, sai para uma caminhada de quatro quilómetros, mais coisa menos coisa. Sempre que o tempo deixa, lá vai ela caminhar. Hoje o dia está incerto, ora chove, ora o sol aparece, não tarda a surgir um arco-íris no céu, ainda não sabe se vai ou não. “No tempo do ‘fique em casa, fique em casa’, já não aguentava as chanatas, saía para caminhar, o Covid não estava na ponta dos pinheiros, nem no alcatrão da estrada.” As visitas da psicóloga Ana Abreu dão-lhe ânimo, alento e genica – e isso percebe-se na maneira como conta a sua história.

Maria é uma mulher bem-disposta. Gosta de falar, conta a história na sala de estar, sofá encostado à parede, mesa ao centro, mobília à antiga de madeira, fotografias dos seus, folhetos e pequenos livros religiosos. Os três filhos ligam-lhe todos os dias, a psicóloga visita-a com frequência. Entretém-se com os seus farrapos, com as mãos faz pontos minuciosos de macramé como se fossem renda. E há dias e horas mais tristes. “Escorregamos e temos de nos levantar porque não há volta a dar.” Neste momento, estou bem. Os meus filhos e os meus netos são muito meus amigos, sou uma velha muito mimada.”

Mental é uma secção do Observador dedicada exclusivamente a temas relacionados com a Saúde Mental. Resulta de uma parceria com a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e com o Hospital da Luz e tem a colaboração do Colégio de Psiquiatria da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Psicólogos Portugueses. É um conteúdo editorial completamente independente.

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