Hoje já ninguém terá dúvidas sobre o impacto da atividade humana nas alterações climáticas. Muitos estarão já conscientes dos efeitos devastadores que se avizinham. No entanto poucos parecem estar a mudar comportamentos no sentido de minimizar a sua contribuição individual para o problema. Eu incluído. Parece que ficamos bloqueados com a escala do problema e que a pequenez do nosso impacto justifica ou desculpa continuarmos como antes. A realidade não é assim. Claro que os políticos e as empresas têm um papel fulcral, no entanto o papel do cidadão comum será tão ou mais importante.

Com essa consciência tento já há algum tempo mudar alguns dos meus comportamentos, no entanto, sempre de forma mais ou menos desorganizada. Não satisfeito, decidi elencar – para referência própria – uma lista que me iria servir de guia. Depois, quando a comecei a escrever, apercebi-me que mais pessoas a poderiam achar útil e como tal decidi revê-la para a tornar mais transversal e partilhar.

Não sou fundamentalista, em dias especiais,vale (quase) tudo. Se há alguma coisa particularmente “má”, mas que para nós é muito importante, não defendo que a deixemos. Acho é que devemos é ter consciência dos nossos atos, impactos e tentar compensar de outras formas.

No caso das sugestões da lista em baixo, de forma geral, além de nos colocarem do lado certo da história, na maioria dos casos significam vantagens económicas imediatas. Ganho duplo!

Haverá outras coisas a fazer seguramente, no entanto aqui vão 10 sugestões para ajudar o cidadão comum a combater a crise climática:

1) Torne-se mais ativo politicamente, ou pelo menos perceba a posição e agenda dos seus políticos favoritos sobre o tema das alterações climáticas antes de votar;

2) Seja consciente dos seus hábitos de consumo:

  • Elimine ou pelo menos minimize as compras desnecessárias;
  • Evite comprar o que for viável alugar ou partilhar;
  • Se tiver de comprar, investigue primeiro a viabilidade de comprar em segunda mão;
  • Compre produtos eficientes, duráveis, de marcas responsáveis e utilize-os de forma igualmente responsável;
  • Quando já não precisar de um bem, se possível, doe-o ou venda-o. Se o bem for para descartar, assegure que é descartado da forma mais adequada;
  • Declare guerra aos plásticos de utilização única;

3) Minimize a utilização de transporte individual e quando o fizer, faça uma condução suave e com velocidade moderada. A forma como conduz tem um impacto enorme nos consumos e emissões;

4) Evite fortemente a utilização do automóvel em contexto urbano. Prefira os meios suaves de mobilidade (partilhados ou não) e os transportes coletivos;

5) Tenha noção do enorme impacto da aviação e sempre que pensar em voar, pondere bem se tem de o fazer. Se possível tente compensar as emissões associadas;

6) Faça uma alimentação diversificada e maioritariamente à base de plantas. Especialmente no que toca à carne vermelha, deixe-a apenas para dias especiais;

7) Prefira alimentos locais e em estação;

8) Compre eletricidade de fontes renováveis;

9) Se desejar constituir família (especialmente se quiser uma família numerosa), contemple a possibilidade de também incluir nela crianças adotadas;

10) Plante o máximo de árvores que conseguir.

Business Creation Manager para Portugal na InnoEnergy; Renato.Braz@InnoEnergy.com

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