A hora da verdade

Com o Congresso sob comando de aliados, o governo Bolsonaro depende apenas de si para dar certo. Desorientada em seu labirinto de erros, a esquerda não consegue alinhar uma estratégia de oposição.
Convidado SeguirA seguir
Com o Congresso sob comando de aliados, o governo Bolsonaro depende apenas de si para dar certo. Desorientada em seu labirinto de erros, a esquerda não consegue alinhar uma estratégia de oposição.
Sob arranjos multilaterais e sem compromisso com o ranço ideológico de governos passados, Bolsonaro adota princípios liberais de política exterior para integrar a economia do país ao mundo.
A posse de Maduro foi uma encenação do que restou de mais farsesco, autoritário e mofado no cenário político mundial. Numa peça de humor sem graça, o PT foi representado pela presidente do partido.
Na montagem do governo, o novo presidente elegeu duas pastas que podem responder pelo sucesso ou fracasso de sua administração. No comando dos superministérios, nomes de reconhecida capacidade técnica
Assombrado pelo imbróglio envolvendo seu filho, Jair Bolsonaro inicia mandato tendo que se esquivar dos obstáculos lançados no caminho pelos adversários para minar seu governo.
Nos dois meses que separam a eleição da posse do novo presidente, os sobreviventes do tsunami eleitoral blindam-se e o Judiciário destaca-se quando o tema é garantir privilégios e proteger os amigos.
Ao montar seu governo, o futuro presidente promete domar o Estado empresário interventor com a adoção do liberalismo econômico. Na guerra contra o marxismo cultural a arma será o conservadorismo.
O colapso do lulopetismo levará para o limbo boa parte do sistema político brasileiro, organizado a partir das posições de um PT que nas últimas décadas foi a principal força de esquerda no continente
O resultado da primeira volta das eleições no Brasil pintou um quadro fiel da derrota do lulopetismo. A partir de 2019, o país tem um encontro marcado com o seu tradicional conservadorismo.
Na que já é a eleição mais conflagrada desde a redemocratização de 1989, o ambiente de polarização ideológica, planejado por Lula, permite ao Brasil contratar pelo menos mais quatro anos de crise.
Num país em que a média escolar da classe dirigente, tal como da elite empresarial, é de dez anos e a educação superior está subordinada a uma ideologia radical, vai faltar museus para serem queimados
Capturadas por uma elite exclusivista entrincheirada no poder há séculos e sem vontade de se autorreformar, as frágeis instituições do Brasil indicam que o país continuará a ser um gigante adormecido.
A contribuir para agravar a erosão da ordem liberal, Trump não perde oportunidade de semear mais discórdia e permitir o fortalecimento da narrativa do Kremlin sobre a debilidade dos valores ocidentais
Esta assinatura permite o acesso ilimitado a todos os artigos do Observador na Web e nas Apps. Os assinantes podem aceder aos artigos Premium utilizando até 3 dispositivos por utilizador.