Centradas em Maria e, assim, centradas no Amor a Cristo, as Jornadas Mundiais da Juventude estão por fim a iniciar o seu Programa oficial.

O lema das JMJ de Lisboa é todo ele um universo de entrega incondicional a Cristo e à Sua humanidade que somos nós.

A evocação a Maria como saindo apressadamente é de uma enorme riqueza de meditação e de contemplação.

Maria sai apressadamente para ir ao encontro de Isabel que na sua gravidez tardia precisava de amparo e cuidados. Tantos e tantos voluntários também saíram apressadamente para prepararem estas Jornadas Mundiais da Juventude. E tantos são eles próprios, agora, peregrinos.

A JMJ de Lisboa é, assim, um precioso convite à meditação serena dos Mistérios Gozosos. Que começam com a anunciação de Gabriel e essa entrega única, em simplicidade e em humildade, de Maria a Deus. À Sua vontade que passou também a ser a vontade de Maria pela sua entrega total a Cristo e à Humanidade de quem é Imaculada Mãe.

Maria que é uma escola eterna para descobrir e caminhar para Deus. Despojados.

Caminho que as Jornadas de Lisboa enfatizam ao escolher como lema este Mistério. Mas caminhar para Deus é o caminho, é a intenção, de todo o peregrino. De todo aquele que parte ao encontro de Deus para ouvir a Sua palavra. Como milhares e milhares fizeram nestes últimos dias a caminho de Lisboa para ouvir o Senhor através da entrega e do exemplo de Maria.

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Maria como Estrela da Manhã é, certamente, a Porta do Céu para milhares de jovens que vieram até Lisboa viver uma das experiências mais marcantes das suas vidas.

E os Mistérios Gozosos serão uma das suas prediletas companhias para estes dias. O lema destas Jornadas Mundiais da Juventude é também ele um convite explícito a recitação do Terço.

Não há Amor a Maria sem a devoção ao Rosário. Uma devoção que marca, em muitos sentidos, o próprio caminhar na vida. O caminhar na vida de cada um de nós que sendo — de tantas formas — peregrinos, como todos aqueles que por estes dias chegaram a Lisboa.

Todos anseiam ouvir um outro peregrino. O Papa Francisco. Este exemplo de humildade, de simplicidade e de redescoberta de uma Igreja que vive a simplicidade e o despojamenro com alegria. Uma alegria estranha para muitos mas que é a alegria daqueles que vivem Cristo na simplicidade e na alegria do “levanta-te e anda”. Não é preciso mais para viver Cristo.

Francisco, o Papa que desarma pela sua simplicidade, é uma figura central para muitos que olharam para a Igreja pela surpresa que é este Papa.

E também aqui voltamos aos Mistérios Gozosos, onde Maria e José encontram o Menino no Templo. Essa natural e amorosa sofreguidão em encontrarem o Menino que haviam perdido.

Para muitos estas Jornadas Mundiais da Juventude serão o reencontro ou o encontro com Cristo. Para muitos que vão assistir de longe, mas curiosos. E essa curiosidade será a porta, o caminho, pelo qual encontrarão um Cristo que os transformará. Se o olharem com a mesma simplicidade com que O olha o Papa Francisco.

Um Cristo que lhes dará uma liberdade única e sem limites. Uma alegria que não se explica. Uma bondade no coração que até esse momento, talvez, desconhecessem em si próprios.

Maria é toda aquela ternura que só numa Mãe se encontra. E é essa mesma ternura, que nunca esmorece, que faz milhares e milhares cruzarem o Mundo para virem apressadamente ao Seu encontro. Porque ao Seu encontro serão conduzidos a Cristo num gesto próprio de quem ampara e cuida. Precisamente como Maria fez com Isabel.