“A diferença entre a vida e a morte”. É assim que Valdomiro Figueiredo, comandante e engenheiro mecânico, define a chegada das duas embarcações de busca e salvamento cedidas pelo Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) à guarda costeira de São Tomé e Príncipe. “Antes fazíamos salvamentos, mas as embarcações não eram adequadas. Hoje conseguimos operar com sabedoria e fazer salvamentos em qualquer parte da ilha”, destaca.

Um pilar fundamental desta cooperação assenta na formação das capacidades de salvamento junto dos oficiais locais. “Uma equipa do ISN esteve em São Tomé a dar formação específica na operação deste tipo de meios para saber salvar e saber governar estas embarcações em condições adversas” explica o diretor do ISN, Nuno Leitão.

O projeto ligou o Ministério da Defesa e o ISN ao tecido empresarial português para permitir recuperar e viabilizar a vinda das lanchas para São Tomé e Príncipe. Contudo, este tipo de ação não é pioneira. “Existe um projeto idêntico em Moçambique e temos uma parceria muito musculada com o Brasil. Já existem também alguns contactos com Angola”, esclarece Nuno Leitão.

O ministro da defesa Aguiar Branco, presente na cerimónia de entrega dos equipamentos, vai ao encontro do sentimento de Valdomiro Figueiredo. Salvar vidas é o mais importante. “Ao fazer estas parcerias, Portugal coloca-se no patamar máximo dos rankings internacionais de salvamento de vidas humanas”, sublinha.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR