Num comunicado de imprensa divulgado esta quarta-feira, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) esclarece que a greve prevista de 1 a 10 de maio nada tem a ver com a privatização da TAP e explica porque motivos não a desconvoca – a manutenção do acordo de dezembro de 2014 e a resolução do acordo de 1999.

O SPAC pretende que o “futuro investidor saiba exatamente os custos laborais do grupo TAP”, daí que exija a “continuidade do Acordo de Empresa da TAP e da PGA, nas condições expressas em dezembro e com as disputas interpretativas resolvidas”. Além disso, os pilotos exigem a resolução do acordo de 1999, quando “celebraram com o Governo e a TAP um contrato promessa de acesso ao capital da empresa a privatizar entregando como contrapartida parte dos seus salários atribuídos pelo tribunal arbitral”.

“Esta greve não tem nada que ver com a privatização”, diz o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil em comunicado de imprensa. “Mas as razões da greve têm impacto na privatização. Afinal, estão em causa acordos que definem e regulam as relações entre empregador e empregado.”

O sindicato diz que não está em causa a “a retroatividade das diuturnidades”. Lembra que a TAP se comprometeu ao “pagamento, progressivo à razão de um vencimento por ano, das cinco diuturnidades de 2025 até 2030”, mas o que preocupa os pilotos é que os investidores não honrem esse compromisso, que implica “o pagamento de mais de 63 milhões de euros dentro de 10 a 15 anos”.

Os pilotos acrescentam que está em causa “a quebra sistemática dos compromissos assumidos no passado pelo Governo e pela TAP”. “A Administração insulta a inteligência dos pilotos e da direção [do SPAC]”, dizem os pilotos mantêm assim a greve marcada para os dias 1 a 10 de maio.

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