O alarme soou nos últimos dias. As sete associações que asseguram o apoio a cerca de 1.500 doentes com VIH/Sida alertaram que o financiamento estava a chegar ao fim e que, a partir de janeiro, já não teriam dinheiro para continuar a prestar auxílio a estes doentes. O próprio diretor do Programa Nacional para a Infeção VIH/Sida, da Direção-Geral de Saúde (DGS), mostrou-se preocupado com a situação, mas esta terça-feira o Ministério da Saúde já veio garantir que não haverá interrupção no financiamento.

Em causa está o financiamento de sete instituições que é assegurado pelo Ministério da Saúde, por via de um concurso público plurianual (quatro anos), e que está a chegar ao fim. Um novo concurso já deveria ter sido aberto, mas tal ainda não aconteceu e as associações temiam ficar sem verbas até um novo concurso estar concluído, o que nunca deverá demorar menos de seis meses.

Gonçalo Lobo, presidente da Abraço, já tinha avisado que as instituições não teriam capacidade financeira para dar resposta a seis meses de funcionamento de apoios domiciliários, de unidades residenciais e de centros de atendimento.

Porém, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, garantiu, em declarações à TSF, que será acionado o financiamento de emergência ainda antes do lançamento do concurso público, de modo a que não haja interrupção do financiamento. Quanto ao concurso público, o governante assegurou que o processo será rigoroso, analisando cada associação

As sete instituições que operam nas regiões de Lisboa, Porto, Amadora, Odivelas e Cascais — Abraço, Liga Portuguesa Contra a Sida (LPCS), Sol, Positivo, Ser+, AJPAS e Passo a Passo — prestam apoio social a 1.492 doentes com VIH Sida. António Diniz, diretor do Programa Nacional para a Infeção VIH/Sida, em entrevista ao Observador, revelou a sua preocupação – dizendo que o Serviço Nacional de Saúde não teria como substituir estas instituições -, mas também a esperança de que tudo fosse resolvido.

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