São o Old Spice do armário, o Martini da roupa, o Mercedes da hora de vestir. São clássicos porque nunca saem de moda e há quem lhes chame básicos, o que neste caso não é um insulto mas remete antes para o facto de serem a estrutura principal e mais importante sobre a qual se pode construir um look. Não é de estranhar que Coco Chanel tenha dito várias frases sobre eles, daquelas que se citam em placas de pendurar no quarto, de preferência perto do closet.

Num dia franjas, no outro dia folhos. As tendências vão e vêm mas os básicos são para sempre. Por isso se chamam peças-chave, por isso devem ser maioritariamente de tons neutros ou sólidos (mais fáceis de conjugar), de melhor qualidade e com cortes intemporais — a ideia é poderem ser usados vezes e vezes sem conta.

Seja uma camisa branca ou um blusão de pele, como bons alicerces que seguram e aguentam com tudo, os básicos podem ser vestidos com quase todo o tipo de peças e animados com acessórios, seja uma carteira de pôr à tiracolo numa cor forte ou uns brincos que vão até aos ombros. O que é indiscutível é que tornam a tarefa de escolher a roupa muito mais simples e chegam a atravessar décadas no mesmo armário. Kim Johnson Gross, autora do livro What to Wear for the Rest of Your Life: Ageless Secrets of Style, chama-lhes mesmo um uniforme, mas um uniforme que nos faz sentir bem, porque são confortáveis e apropriados para várias situações. E se muitas vezes são um investimento que custa um bocadinho mais, porque devem ser de materiais duradouros como a caxemira ou a pele, na verdade permitem maximizar as peças que já tem, porque são precisos menos clássicos para os poder usar de várias formas.

Básicos? Sim, mas só no nome.

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