António Costa encontrou-se esta sexta-feira com Barack Obama à entrada para a Cimeira da NATO, em Varsóvia, Polónia. Foi um encontro fugaz e sabe-se apenas que os dois falaram sobre “vários assuntos bilaterais”.

De acordo com fonte oficial do gabinete de António Costa, os dois líderes “falaram a sós durante cerca de dez minutos” e discutiram “vários assuntos bilaterais, do interesse de Portugal e dos Estados Unidos”.

O Presidente norte-americano terá ainda aproveitado a conversa informal com o primeiro-ministro português para recordar que o seu fotógrafo oficial, Pete de Souza, é de “ascendência açoriana”. Obama terá ainda elogiado a “comunidade portuguesa que vive nos Estados Unidos”, informa também o gabinete do primeiro-ministro.

António Costa, de resto, aproveitou para partilhar o vídeo do encontro com Barack Obama no Twitter.

Na Cimeira da NATO, em Varsóvia, estarão presentes os 28 membros da Aliança Atlântica. Esta sexta-feira, no primeiro de dois dias de reuniões, foi assinado o acordo entre a União Europeia e a Nato para o reforço da cooperação em matéria de cibersegurança e segurança marítima, sobretudo no Mar Mediterrâneo. A coordenação entre as duas organizações será uma forma de responder à crise dos refugiados.

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Segundo a agência Lusa, Portugal deverá defender que a atenção da NATO, além do flanco Leste, se dirija para Sul e para as operações de segurança marítima, uma prioridade argumentada igualmente por Espanha, face à localização geográfica e a ameaças como terrorismo, migração e tráfico.

A relação da NATO com a Rússia de Vladimir Putin também estará no centro de todas as atenções desta cimeira. O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, tinha já informado que, na fase preparatória da cimeira, Portugal, Espanha, França e Itália dirigiram uma carta ao secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, para defender “um equilíbrio” entre as duas abordagens e da manutenção do diálogo e de uma solução política para a questão da Rússia, independentemente de uma “posição de firmeza” que venha a ser adotada.

A Rússia é acusada de fomentar o conflito armado no leste da Ucrânia, apoiando e lutando ao lado dos separatistas, e tem respondido com exercícios militares e reforço de tropas na fronteira ao aumento de meios da NATO no leste da Europa.

Entre os maiores desafios nestes dois dias estará o fortalecimento, financiamento e modernização da NATO, assim como a avaliação das implicações a longo prazo da crise da Ucrânia e nas relações NATO/Rússia, lembra a agência Lusa.

Nesta reunião bianual será tratada a presença multinacional em áreas do Leste, o alargamento da estrutura, com países como o Montenegro a ganharem o ‘passaporte’, e questões como o papel das armas nucleares, sistemas de defesa antimíssil e a cibersegurança.

Além de António Costa, estão também em Varsóvia Azeredo Lopes, ministro da Defesa português, e Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros.