Horizonte Profundo – Desastre no Golfo

No dia 20 de abril de 2010, meio ano depois de ter aberto o mais profundo poço de petróleo da história, a plataforma petrolífera Deepwater Horizon, arrendada à BP e instalada no Golfo do México, sofreu o pior vazamento da história dos EUA e da indústria petrolífera, acompanhado por uma explosão que a pôs em chamas. Onze pessoas que lá trabalhavam foram dadas como desaparecidas e o desastre causou uma catástrofe ecológica na zona. Este filme de Peter Berg é uma recriação dramatizada do acidente que envolveu a Deepwater Horizon, tendo como principais intérpretes Mark Wahlberg, Kurt Russell, Kate Hudson e John Malkovich. O orçamento de “Horizonte Profundo – Desastre no Golfo” ascendeu a 156 milhões de dólares, um número que em Hollywood nos acostumámos apenas a ver associado aos “blockbusters” de super-heróis da Marvel ou da DC. A rodagem decorreu, em grande parte, numa réplica de uma plataforma petrolífera construída propositadamente pela produção na Louisiana.

“Loucamente”

A comédia à italiana, responsável por muitos dos grandes filmes produzidos por terras transalpinas, é um género extinto, ainda que, de vez em quando, alguns realizadores nos tentem fazer crer que não. Sem êxito, claro. É o que acontece mais uma vez em “Loucamente”, de Paolo Virzi, o autor de “Capital Humano”, que emparelha duas mulheres que estão internadas numa clínica psiquiátrica da Toscana e as lança estrada fora após fugirem. Uma, a tagarela Beatrice (Valeria Bruni Tedeschi), tenta recuperar o estatuto de figura da alta sociedade, anterior a ter sido dada por interdita pelo marido e pela família, após se ter envolvido com um vigarista de baixa extração que lhe extorquiu teres e haveres; a outra, a instável Donatella (Micaela Ramazzotti), quer ver o filho que foi dado para adoção após se ter tentado suicidar com a criança. Básica e penosamente melodramática e sem o sentido de equilíbrio entre o humor e o patético que caracteriza as melhores comédias italianas, “Loucamente” é uma caricatura do género.

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“A Casa de Miss Peregrine para Crianças Peculiares”

O novo filme de Tim Burton é um projeto de estúdio que adapta ao cinema o livro homónimo de Ransom Riggs, primeiro de uma série para adolescentes que já vai em três. As crianças “peculiares” do título são miúdos e adolescentes mutantes ou com poderes especiais, uma espécie de X-Kids (mais leves que o ar, fortes como o Super-Homem, capazes de dominar o fogo, invisíveis, etc), que nunca crescem e vivem em vórtices temporais onde o tempo parou e é eternamente o mesmo dia. As casas são geridas por Ymbrynes, mulheres “peculiares” cujos dons são o de se poderem transformar em aves e criar e manter vórtices temporais. Elas também resguardam as crianças não só da sociedade como também dos “peculiares” dissidentes que se transformaram em monstros e só podem readquirir forma (mais ou menos) humana se comerem os olhos daquelas. Interpretado por Eva Green, Asa Butterfield, Samuel L. Jackson, Ella Purnell e Terence Stamp, “A Casa de Miss Peregrine para Crianças Peculiares” foi escolhido como filme da semana pelo Observador, e pode ler a crítica aqui.