Jihad Diyab terminou a greve de fome, iniciada há mais de dois meses, e vai viajar para um novo país, anunciou o grupo Vigília por Diyab, sem especificar qual. “Ele recebeu uma oferta para viajar”, indicou o grupo, em comunicado, sublinhando que, embora não resolva o seu problema, é “um grande passo”.

Jihad Diyab, de 45 anos, manifestou, por várias vezes, o seu desejo de sair do Uruguai para se reunir com a sua família. O Governo uruguaio preferia, porém, que fosse a sua família a ir para Montevideu, mas Jihad Diyab advogou que não tinha como sustentá-la no Uruguai.

Em Guantánamo durante 12 anos, sem acusação, foi libertado em 2014 do centro de detenção norte-americano em Cuba. Jihad Diyab foi transferido para o Uruguai pela administração norte-americana, a par com outros cinco detidos, no âmbito de um acordo com os Estados Unidos no quadro da vontade manifestada pelo Presidente norte-americano, Barack Obama, de encerrar a prisão.

Diyab solicitou anteriormente uma cópia do acordo entre o Uruguai e os Estados Unidos. O Uruguai, que não acedeu ao pedido, afirmou que tem o direito de viajar como qualquer outro residente.

Em meados de setembro, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, José Luis Cancela, garantiu que a diplomacia uruguaia estava a tentar encontrar um outro país de acolhimento para Jihad Diyab, mas que ainda não obtivera qualquer resposta positiva.

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