As galinhas podem ser emocional, social e cognitivamente tão inteligentes e complexas como muitas outras aves e até alguns mamíferos, sugere um estudo publicado esta segunda-feira na revista “Animal Cognition”. Na verdade, e de acordo com as conclusões de uma equipa de cientistas norte-americanos, elas mostram traços de Inteligência Maquiavélica, uma teoria que, para alguns investigadores, pode explicar porque é que o cérebro humano é tão complexo e grande. Se estes dados se verificarem, então o cérebro das galinhas utilizou estratégias “maquiavélicas” — como a mentira ou a criação de grupos sociais — para garantirem a sua sobrevivência no processo de seleção natural.

Loro Marino, um dos cientistas envolvidos no estudo, explica que “as galinhas têm a capacidade de raciocinar e fazer inferências lógicas, uma capacidade que os seres humanos desenvolvem aproximadamente aos sete anos. Elas percebem os intervalos de tempo e conseguem antecipar eventos futuros”, o que as torna mais parecidos aos primatas e aos humanos:

“As galinhas têm comportamentos sofisticados, há discriminação entre indivíduos e exibem interações sociais do tipo maquiavélico. Aprendem socialmente de formas complexas semelhantes aos humanos”.

O estudo também tira conclusões sobre a “psicologia das galinhas”, expressão usada pelos próprios investigadores. Segundo o estudo, as galinhas têm capacidade de autocontrolo e de autoavaliação, o que pode significar que têm capacidade de autoconsciência. Também terão capacidade de raciocínio e de fazer inferências lógicas, bem como de expressar emoções positivas e negativas ou empatia.

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