É já esta sexta-feira que Donald Trump toma posse como 45.º presidente dos Estados Unidos, mas esta quinta-feira já houve uma primeira cerimónia de boas vindas. O Observador vai seguir a tomada de posse ao minuto, a partir das 12h00 de sexta-feira, hora de Lisboa. Saiba aqui, ao detalhe, como vai ser o programa do ‘dia zero’ de Donald Trump à frente dos EUA, depois de ter vencido as eleições a 8 de novembro.

As cerimónias de boas-vindas começaram na quinta-feira, dia 19 de janeiro, no memorial a Abraham Lincoln, em Washington. A cerimónia incluiu, além de várias bandas universitárias e militares, que desfilaram no jardim do memorial, a atuação de uma série de celebridades, como os 3 Doors Down, de Toby Keith, e dos The Piano Guys, os cabeças de cartaz da cerimónia. Atuou ainda Lee Greenwood, estrela da música country, que já marcou presença nas tomadas de posse dos presidentes republicanos Ronald Reagan, George Bush pai e George Bush filho.

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O primeiro momento da cerimónia oficial, que vai decorrer na escadaria da ala oeste do Capitólio, é um espetáculo musical, logo às 9h30 locais, 14h30 em Lisboa. Antes disto, contudo, Trump e Obama encontram-se na Casa Branca para descerem juntos a Pennsylvania Avenue, a avenida que liga a Casa Branca ao Capitólio, logo após um pequeno-almoço oferecido por Trump a um pequeno conjunto de convidados.

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A cabeça de cartaz deste momento é Jackie Evancho, uma jovem cantora de 16 anos que ganhou notoriedade ao ficar em segundo lugar no programa de televisão America’s Got Talent. A jovem irá cantar o hino norte-americano no início da cerimónia. Já não é a primeira vez que Jackie Evancho canta em cerimónias presidenciais, recorda a CBS. Em 2010, cantou perante Barack Obama e a família, na cerimónia de iluminação da árvore de Natal da Casa Branca, e em 2012 atuou no Pequeno-Almoço Nacional de Oração, um evento anual de encontro entre empresários promovido pelo Congresso.

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Neste momento vão ainda atuar dois coros, o Missouri State University Chorale e o Mormon Tabernacle Choir. O primeiro está confirmado desde outubro, ainda antes da eleição de Trump. Já o segundo coro, o Mormon Tabernacle Choir, viu-se a braços com um conjunto de polémicas ao aceitar o convite para participar na tomada de posse. A participação do conjunto na cerimónia motivou até a demissão de um dos cantores. Jan Chamberlin escreveu no Facebook que “nunca conseguiria atirar rosas a Hitler, e certamente nunca conseguiria cantar para ele [Trump]”, antes de sair do grupo coral.

Também polémica é a participação das Radio City Rockettes, um grupo de dança que atuou em ambas as tomadas de posse de George W. Bush. Algumas das bailarinas anunciaram que não queriam participar na cerimónia. Uma chegou mesmo a escrever no Instagram: “A decisão de atuar perante um homem que representa tudo aquilo que nós somos contra é assustadora”. A empresa que detém o grupo de dança emitiu depois um comunicado às bailarinas, no qual as obrigava a participar. “Vocês são funcionárias, e, enquanto empresa, o sr. Dolan quer obviamente que as Rockettes estejam representadas na inauguração presidencial do nosso país, tal como estiveram em 2001 e em 2005”. A bailarina Amanda Duarte respondeu a este email através do Facebook: “É perfeito. O que se adequaria mais a esta tomada de posse do que obrigar um grupo de mulheres a fazer uma coisa com os seus corpos que vai contra a sua vontade?”. A verdade é que o grupo irá mesmo atuar, mas num regime de voluntariado — só as bailarinas que quiserem é que irão participar na atuação para Trump.

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Depois do momento musical que dá início à tomada de posse, começam as intervenções. A abertura será feita pelo senador Roy Blunt, do estado do Missouri, que é o responsável pelo comité organizador da tomada de posse.

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Está marcado para esta hora o momento em que Donald Trump se vai tornar presidente dos Estados Unidos da América. Mas, antes, é Mike Pence que faz o seu juramento como vice-presidente, perante o juiz Clarence Thomas, do Supremo Tribunal de Justiça. Depois de uma atuação do Mormon Tabernacle Choir começa então o juramento de Trump. O presidente-eleito vai fazer o juramento com a mão em cima de duas cópias da Bíblia. Uma sua, a que guarda desde criança, e ainda outra, a Bíblia de Lincoln, que pertenceu ao presidente Abraham Lincoln e está guardada na biblioteca do Congresso. E vai dizer o seguinte:

“I do solemnly swear that I will faithfully execute the Office of President of the United States, and will to the best of my ability, preserve, protect and defend the Constitution of the United States.”

Que significa: “Eu juro solenemente que irei desempenhar fielmente as funções de Presidente dos Estados Unidos, e irei dar o meu melhor para preservar, proteger e defender a Constituição dos Estados Unidos”.

Depois deste momento, vai ouvir-se o Hail to the Chief, o hino do presidente dos Estados Unidos, e Trump vai saudar a multidão presente na avenida. Logo de seguida, Donald Trump irá fazer o seu primeiro discurso como presidente dos EUA, que, segundo o Politico, se deverá focar na agenda para os primeiros 100 dias de governo. Logo de seguida, Barack e Michelle Obama vão acenar à multidão e abandonar o Capitólio.

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Depois do discurso inaugural, Trump, Pence e os membros da equipa presidencial vão juntar-se num almoço, no Capitólio, oferecido a um conjunto de convidados, que deverá estender-se até ao início da tarde e que contará com atuações musicais e um menu elaborado, escreve o The New York Times.

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Após o almoço, o recém-empossado presidente irá proceder pela primeira vez à revista das tropas, ainda à saída do Capitólio. Depois, Trump e Pence seguem à cabeça da parada inaugural, com “milhares de militares, representantes de cada ramo”, segundo o mesmo jornal. O presidente e o vice-presidente chegam depois à Casa Branca e assistem ao resto da parada militar a partir de uma escadaria instalada no local.

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A noite acaba com três bailes em simultâneo: dois oficiais, no centro de convenções Walter E. Washington, e um outro para as forças armadas. Donald Trump deverá aparecer nos três bailes, para discursar e para dançar com a sua mulher, Melania Trump.