Cowboy Steak

Restaurante: RIB Beef & Wine Lisboa (Praça do Comércio, 31-34. 96 857 8962)
Preço: 49€
Descrição: O RIB Beef & Wine nasceu, originalmente, na Ribeira do Porto, no hotel Pestana Vintage. E o sucesso foi tal que os responsáveis da cadeia hoteleira decidiram clonar a dita steakhouse na capital, na Pousada Lisboa, no espaço até há uns meses ocupado pelo restaurante Lisboeta. A carta é, em quase tudo, semelhante à da casa-mãe na Invicta. E, mais importante, a carne também. É que o chefe Rui Martins, que foi quem arrancou com o projeto no Porto — é o atual Chefe Cozinheiro do Ano e chefe executivo do grupo Pestana –, tem uma relação muito próxima com o seu fornecedor, com quem vai desenvolvendo diferentes experiências ao nível da maturação. Este Cowboy Steak, por exemplo, é maturado a 28 dias: esse período permite que a carne se vá tornando cada vez mais marmoreada e suculenta. O nome do corte não mente: se houver cowboys por aí, podem agarrar no osso e fazer-se à peça a solo. Todos os outros deverão partilhá-la com alguém — afinal são 700 gramas de bife. E por falar em companhia, a carne também tem direito: do arroz de grelos aos legumes asiáticos. E não se preocupem os mais conservadores: as batatas fritas também constam da lista.

Os cowboys podem comer isto sozinhos. Os comuns mortais devem partilhá-lo: são 700 gramas de carne. (foto: © Tiago Pais / Observador)

Bacalhau Assado com Grão

Restaurante: Zé da Mouraria (Rua João do Outeiro, 24-26. 21 886 5436)
Preço: 16,50€
Descrição: Sejamos francos: todos os pratos que compõem o menu semanal (e o fixo) do Zé da Mouraria — das iscas ao arroz de pato — podiam constar desta lista. Mas foquemo-nos no clássico bacalhau assado na brasa, servido às sextas e sábados (ao almoço, porque jantares só no Zé da Mouraria 2). Chega à mesa disposto numa travessa generosa, já sem espinhas e com as lascas a fugir da pele, com alho, pimento e cebola a enriquecer, batata a murro e grão a acompanhar. A fama é grande, mas justificada, e a concorrência por mesa também: convém marcar (e mesmo assim não se fica imune à espera, longe disso), chegar muito cedo ou muito tarde.

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Мы пришли в ресторан, дверь которого едва можно было отличить от входа в жилой дом. Хотели заказать разное и пробовать, но официант велел брать треску и не жадничать. Мы послушались, и очень скоро перед нами возникло это блюдо. Ощущение шока, счастья (никто не готовит треску как это делают португальцы) и тревоги (как мы встанем из-за стола вообще?). В общем, всю затею с рождественским ужином или хотя бы винишком в баре мы решили отменить и точили печенье с корицей и шоколадом, валяясь в обнимку в отеле перед телевизором. Guilty pleasures в чистом виде ???? А сегодня началась Ханука, поэтому мы идём охотиться на пончики (бой сладкому поставлен на паузу, как вы могли заметить). А вы что вкусного ели/готовили в эти дни? Что планируете готовить к Новому Году? . . . . . . . #grushina_food #cod #lifestyle #мирдолжензнатьчтояем #треска #португалия #лиссабон

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Migas no Cacete com Entrecosto

Restaurante: Zé Varunca (Travessa das Mercês, 16. 21 015 1279)
Preço: 10,50€
Descrição: Já fazia parte da ementa semanal do Zé Varunca na sua primeira encarnação lisboeta, na Rua de São José, e voltou a estar disponível assim que o restaurante regressou à capital, em meados do ano passado, desta vez no Bairro Alto. É uma dose substancial, do tamanho, precisamente, de um cacete. E no que é que consiste? Ora bem, nesse mesmo cacete, esvaziado de miolo e preenchido com migas alentejanas, que acompanham o entrecosto no forno, disposto por cima do dito. É ideal para partilhar sobretudo se tivermos em conta as indispensáveis entradas da casa, com destaque para os casadinhos (fritos de batata com paio ou salpicão) e a pasta de enchidos para barrar no pão alentejano que chega à mesa sempre quente.

Um prato clássico no Zé Varunca, um digníssimo embaixador do Alentejo em Lisboa.
(foto: © Tiago Pais / Observador)

Cabidela de galinha de Campo de Ourique

Restaurante: Stop do Bairro (Rua Tenente Ferreira Durão, 55A. 21 388 8856)
Preço: 14,50€
Descrição: A galinha não será literalmente de Campo de Ourique, antes apenas do campo. Já a receita faz parte do património deste bairro. Tal como respetivo Stop (do Bairro), aliás, tasca fundada e gerida pelo açoriano João Sabino, um ferrenho adepto d’ Os Belenenses que, ainda assim, tem fair play suficiente para permitir que nas paredes da sua casa se exibam camisolas de inúmeros outros clubes de futebol. Muitas das doses do Stop permitem a partilha, nomeadamente os arrozes — o de tamboril, que está sempre disponível, também é muito recomendável. Mas é a cabidela, servida todas as sextas-feiras, que vale em absoluto a deslocação e as dores de cabeça para estacionar. Um aviso: é um restaurante à antiga, por isso não se esperem grandes mordomias nem muito espaço: em dias de casa cheia é impossível esticar os braços sem bofetear um qualquer desconhecido. E fuma-se no interior. Mas tudo isso faz parte do seu encanto.

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É Sexta-feira. Já quase que me esquecia. :)

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Mesa Chinesa

Restaurante: O Asiático (Rua da Rosa, 317. 21 131 9369)
Preço: 14,70€
Descrição: No mais recente restaurante de Kiko Martins em Lisboa qualquer prato que chegue à mesa pode, e deve, ser partilhado: a ideia é que cada uma das criações de inspiração asiática, do Nepal ao Japão, vá rodando pela mesa e por quem nela se sentar. No entanto, seja por gula ou avareza, é bem possível ignorar esse modus operandi e comer uma dose individualmente sem precisar de Kompensan. Este Mesa Chinesa é a exceção: se não se partilhar torna-se, apenas, aborrecido. Trata-se de uma versão do famoso pato à Pequim, mas com três partes diferentes de porco (barriga, pernil e secretos), para enrolar nos crepes que o acompanham, com verduras e aromáticas, um ketchup de ameixa para dar doçura e um molho de peixe de origem vietnamita chamado Nuoc Mam.

Jaquinzinhos com arroz de tomate

Restaurante: Cantinho do Bem Estar (Rua do Norte, 46. 21 346 4265)
Preço: 14,50€
Descrição: Neste clássico do Bairro Alto, cujo cozinheiro e proprietário, o senhor Tiago, é uma das suas figuras míticas, é obrigatório levar companhia: as doses são tão substanciais que não convidam à partilha, obrigam. Esta é uma casa onde se dá excelente uso à fritadeira. O que sai dela, geralmente sai bem, das pataniscas de bacalhau aos filetes de peixe-galo. O destaque vai, porém, para os afamados jaquinzinhos, produto que já vai sendo raro ver servir em Lisboa, e que aqui se faz à antiga, com um arroz de tomate guloso a acompanhar. Não é fácil arranjar mesa e o temperamento do anfitrião é algo volátil, mas vale a aventura.

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Off the chain.

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