A líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, acusou esta sexta-feira o PSD e o CDS de estarem “entretidos com SMS’S” em vez de pensarem na recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Para Catarina Martins, a polémica em torno da CGD há muito que está resolvida.

Quanto à demissão do presidente da comissão de inquérito à CGD, José Matos Correia — acusando a esquerda de tentar boicotar a comissão — Catarina Martins diz ser “mais uma das coisas muito incompreensíveis” numa altura em que o interesse devia ser a necessidade de recapitalização da Caixa.

Ou nunca quiseram saber da recapitalização da Caixa e estão apenas interessados em destruir a CGD ou como não têm linha política estão a tentar criar imenso ruído à volta de tudo e de nada.

Catarina Martins acrescentou ainda que o PSD e o CDS “ficaram sem nada para dizer ao país por isso estão entretidos com SMS’s“.

Para a líder do Bloco de Esquerda, a polémica referente à CGD ficou resolvida o ano passado com a saída da antiga administração. Catarina Martins argumenta que o BE foi o único que votou pela transparência, estando tranquilo. Para o BE há “coisas mais importantes” para falar sobre a CGD, como o seu papel na dinamização da economia, e a questão da transparência da administração está fechada e teve papel decisivo do partido no parlamento.

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A líder bloquista não comentou a criação de uma nova comissão parlamentar de inquérito sobre a Caixa por não conhecer “documento” que justifique e oriente esses futuros trabalhos.

PSD e CDS-PP anunciaram, esta sexta-feira, que vão propor uma nova comissão parlamentar de inquérito sobre o envolvimento do ministro das Finanças, Mário Centeno, na polémica da CGD.

Essa futura comissão averiguará o período desde a negociação para a nomeação da anterior administração de António Domingues, até à demissão do gestor, na sequência da controvérsia com a entrega das declarações de rendimentos e património ao Tribunal Constitucional.