Donald Trump pondera destacar cerca de 100.000 militares da Guarda Nacional para irem atrás dos imigrantes sem documentos, nomeadamente aqueles que vivem próximo da fronteira com o México. A notícia foi avançada pela Associated Press que teve acesso a uma proposta escrita pelo Secretário da Segurança Interna, John Kelly. A Casa Branca nega tudo mas a agência de notícias já tornou público o documento (clique aqui para o ver na íntegra).

O documento, de 11 páginas, data 25 de janeiro e evoca uma “militarização sem precedentes” para quatro estados americanos na fronteira com o México — Califórnia, Arizona, Novo México e Texas — e mais sete estados contíguos (Oregon, Nevada, Utah, Colorado, Oklahoma, Arkansas e Louisiana). Os governadores destes estados podem optar por usar as suas próprias forças de segurança, para o reforço do controlo da fronteira. O memorando explica que os militares da Guarda Nacional estão autorizados:

A desempenhar funções de um oficial de imigração em relação à investigação, apreensão e detenção de estrangeiros nos Estados Unidos.

A Casa Branca negou. É um mero rascunho

O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, negou que o documento fosse da Casa Branca referindo que a notícia é “100% falsa”. Spicer garantiu ainda que “não existe nenhum esforço de todo para utilizar a Guarda Nacional para deter os imigrantes não autorizados“.

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O Departamento de Segurança Nacional avançou que o documento é um rascunho antecipado que não deve ser seriamente considerado. A Associated Press garante que o memorando andou a circular pelo Departamento de Segurança Nacional, nas últimas semanas, e que diversos funcionários relataram que a proposta tinha sido discutida esta sexta-feira.

Os representantes dos governadores de oito dos estados visados garantiram não estar a par da proposta e recusaram comentá-la, argumentado ser prematuro discutir a sua posição e participação, conta o The Telegraph. O general Joseph L. Lengyel acrescenta que a Guarda Nacional desconhece a origem do relatório.

O memorando data o dia em que Donald Trump assinou um decreto para a construção do muro na fronteira com o México, anunciando mais 5.000 oficiais para o serviço de patrulhamento de fronteiras.

A Guarda Nacional já tem sido usada para ajudar em missões relacionadas com a imigração na fronteira com o México.