Guardas prisionais de uma cadeia nos arredores de Luanda alvejaram um recluso para impedir a fuga do estabelecimento prisional, enquanto outro também ficou ferido, informou esta quarta-feira à Lusa fonte dos Serviços Penitenciários de Angola.

A tentativa de fuga dos dois reclusos aconteceu no domingo, no estabelecimento penitenciário de Kakila, no município de Viana, durante a qual um foi atingido numa “área não letal” e outro acabaria por partir o pé, de acordo com a mesma fonte.

Um dos reclusos cumpre uma pena de prisão de 21 anos, pela prática de crime de roubo qualificado, com arma de fogo, e outro foi condenado a 12 anos de cadeia pelo crime de roubo qualificado.

Os dois foram transportados para o Hospital-Prisão de São Paulo, onde receberam tratamento médico, tendo o recluso alvejado já regressado à cadeia, permanecendo o segundo noutra unidade de saúde, indicando os Serviços Penitenciários.

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Uma equipa de especialistas em Segurança Penal, Ordem Interna e Inspeção foi deslocada para aquela cadeia, para investigar a fuga.

Angola vai contar este ano com mais 11 estabelecimentos prisionais, que vão “desafogar a sobrelotação” de seis mil reclusos atualmente existente, disse em janeiro o diretor-geral dos Serviços Penitenciários angolanos, António Joaquim Fortunato.

“Nós achamos que em meados de junho podemos ter algumas cadeias já concluídas e apetrechadas para o início da sua exploração”, disse António Fortunato, em declarações à agência Lusa.

Estes novos estabelecimentos prisionais vão disponibilizar 8.000 vagas, para uma sobrelotação atual que “ronda mais ou menos os 6.000 reclusos”.

“Nós temos problemas de espaços na ordem de 3.000 a 4.000 reclusos. Teremos espaço a mais e isso melhorará substancialmente a gestão penitenciária”, garantiu ainda.

Com a construção destas 11 cadeias, Angola deverá contar com um total de 51 estabelecimentos prisionais.