A gestão do Montepio, liderada por Félix Morgado, está sob escrutínio do Banco de Portugal por causa de uma operação irregular que, segundo o Expresso, a instituição terá tentado fazer para beneficiar os resultados trimestrais. Contactado pelo Público, o Banco de Portugal dá uma resposta geral — “analisa todas as operações relevantes” e “retira as devidas conclusões” — mas o jornal escreve, mesmo, que pode estar em causa a idoneidade da equipa de gestão.

“O Banco de Portugal não se pronuncia sobre instituições financeiras individualmente”, disse fonte oficial do Banco de Portugal ao Público. Contudo, a instituição liderada por Carlos Costa garante que “analisa todas as operações relevantes” e, daí, “retira as devidas conclusões para o processo de supervisão”.

A operação em causa é uma tentativa de venda de uma participação numa mineira, com mais-valia de 24 milhões de euros. A questão é que, sendo a Caixa Económica Montepio Geral o vendedor, o comprador era um veículo criado pelo próprio Montepio. A operação acabaria por ser vetada pelo Conselho Geral e Supervisão, já depois de a auditora KPMG ter sido consultada. Um porta-voz do banco, contudo, diz que esta informação “não tem fundamento”.

Contudo, segundo o Público, já tinha havido uma tentativa anterior de fazer outra operação semelhante, mas recorrendo ao Fundo de Pensões da instituição financeira.

Montepio tem “perfil de risco de nível elevado”, diz o Banco de Portugal

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